O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quarta-feira, 13, mudanças na sua estrutura operacional, dando mais incentivo para que bancos emprestem e busquem liquidez entre si. A estrutura prevê que o BCE continuará a guiar a política monetária por meio da taxa de depósitos (4%) e os mercados monetários de curto prazo devem oscilar dentro desta faixa “com tolerância para alguma volatilidade, desde que não atrapalhe a transmissão desejada dos juros”.

Já a taxa de refinanciamento, atualmente em 4,50%, será reduzida a partir de 18 de setembro de 2024, para diminuir a 15 pontos-base (pb) a diferença em relação a taxa de depósitos. Por consequência, a taxa de empréstimos (4,75%) também será reduzida para manter a diferença de 25 pb em comparação a taxa de refinanciamento. Ao mesmo tempo, as taxas mínimas de reservas bancárias foram deixadas inalteradas.

Assim, o BCE espera diminuir a penalidade financeira e incentivar a oferta de lances nas operações semanais, mantendo a opção para busca de liquidez via ferramentas do banco central. Contudo, também “abre espaço para a busca de soluções baseadas no próprio mercado”.

“A nova estrutura garantirá que nossa implementação de políticas permaneça eficaz, robusta, flexível e eficiente no futuro, à medida que nosso balanço patrimonial se normaliza”, afirmou a presidente da instituição, Christine Lagarde.

Segundo o comunicado, novas operações de refinanciamento de longo prazo e um portfólio estrutural de títulos serão introduzidos futuramente, quando o balanço patrimonial do Eurossistema começar a crescer de modo sustentável novamente. No momento, o BCE espera continuar reduzindo os portfólios adquiridos por meio dos programas de compra de ativos (APP, na sigla em inglês) e de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês).

O BCE monitorará os impactos das mudanças estruturais na liquidez do mercado financeiro europeu e “revisará os parâmetros em 2026 ou antes, se necessário”.