O diretor de Relacionamento Institucional do Banco Central, Isaac Sidney, afirmou nesta terça-feira, 12, durante coletiva de imprensa a respeito dos acordos sobre perdas na poupança, que a visão técnica do BC mostrou-se presente na discussão da constitucionalidade dos planos.

“A instituição vem atuando como amigo da Corte em processos no Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse Isaac. “Também atuamos como amigo da Corte em processo relacionado ao Plano Real”, acrescentou.

De acordo com Isaac, a instituição não se furtaria a fornecer apoio para fomentar a negociação, sobretudo depois de tantos anos. “A solução consensual reduz incertezas que permeiam os balanços de bancos”, acrescentou. “A solução negociada evita perdas futuras de bancos com demandas judiciais.”

Isaac lembrou ainda que, com o acordo, as instituições financeiras vão diluir os pagamentos em “prazo certo e razoável”. “O acordo desmobiliza parte dos recursos registrados nas contas de provisões”, pontuou.

Segundo Isaac, o BC cumpriu seu papel de regulador, sem se descuidar da cidadania financeira.

Os representantes de poupadores e bancos chegaram a um consenso sobre o pagamento de perdas ocorridas na caderneta de poupança em função dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. O acordo foi assinado entre as partes da AGU. Agora, o acordo depende da homologação do STF para começar a valer.