Mesmo iniciando o ciclo de afrouxamento dos juros com um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 13,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central admitiu novamente que se espera uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre deste ano, apesar do arrefecimento dos índices de inflação cheia ao consumidor.

“As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação”, destacou o documento.

Por outro lado, o BC destacou que, em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue consistente com um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

O colegiado avaliou ainda que o ambiente externo se mantém incerto. O Copom citou “alguma desinflação” na margem, mas pontuou que isso ocorre ainda em um ambiente marcado por núcleos de inflação elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas”, completou o BC.