A pandemia do novo coronavírus, que traz impactos profundos para a economia brasileira, levou o Banco Central (BC) a promover ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2020. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua estimativa para o saldo total de crédito este ano de alta de 7,6% para alta de 11,5%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 5,8% para elevação de 7,8%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 10,0% para alta de 16,5%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 10,6% para elevação de 12,5%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas seguiu em alta de 6,5%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 15,6% para avanço de 20,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, saltou de alta de 3,5% para crescimento de 10,1%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 5,0% para avanço de 9,5%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de alta de 1,0% para alta de 11,0%.

Desde o início da pandemia, o BC e o Ministério da Economia vêm adotando medidas para estimular o crédito a famílias e empresas neste momento de maior demanda.