O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira, 11, que a instituição pode continuar atuando no mercado de câmbio, porque tem espaço para isso. Em entrevista após participar de evento do BC do Chile, em Santiago, Goldfajn comentou que os leilões de swap cambial podem continuar, para reduzir a volatilidade, mas não descartou o uso de reservas internacionais. “Nós nos reservamos o direito de atuar com qualquer instrumento disponível”, disse.

Enquanto Goldfajn dava entrevista a jornalistas em Santiago, o BC no Brasil comunicava a segunda operação de swaps cambiais tradicionais para o dia, numa tentativa de conter a volatilidade. “Estamos hoje com volatilidade nos mercados, isso faz parte do choque global”, comentou Goldfajn que, no entanto, preferiu não se aprofundar sobre o fato gerador do estresse – a eleição de Donald Trump nos EUA. “Está clara a raiz do choque, não cabe a mim falar desta raiz.”

“Nós temos atuado e primeiro interrompemos os swaps reversos. Depois a gente atuou com swaps tradicionais, de rolagem”, afirmou Goldfajn. “Nós temos um estoque de swap cambial de US$ 24 bilhões, um estoque confortável. Com este estoque, a gente se sente confortável. (Ele) nos dá espaço para atuação”, acrescentou.

Goldfajn afirmou ainda que o BC continuará atuando e monitorando os mercados, “de forma a dar liquidez a todos os mercados”. “O objetivo é dar liquidez, manter os mercados funcionando de forma adequada neste momento de volatilidade”, acrescentou.

De acordo com Ilan, BC pode continuar atuando no câmbio porque tem um espaço, criado nos últimos meses, para isso. “Podemos atuar com swaps cambiais. Mas nós nos reservamos o direito de atuar com qualquer instrumento disponível”, afirmou.

Goldfajn afirmou ainda que as políticas no Brasil estão na direção certa. “Nós temos reformas caminhando no Congresso. Reformas são muito importantes em termos de funcionamento para o País atravessar momento de volatilidade”, disse.

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