O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, explicou que a desvalorização do real em relação ao dólar foi um dos fatores que levaram ao crescimento da dívida bruta em agosto, além das emissões de títulos no mês passado e os juros nominais apurados no período.

A Dívida Bruta do Governo Geral fechou agosto aos R$ 5,618 trilhões, o que representa 79,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual é o maior da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2006. No melhor momento da história, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

“No caso da dívida bruta, o que explica diretamente a variação são as emissões de títulos, determinadas pelo resultado que o governo geral obtém em suas contas. Já estamos com déficits primários desde 2014 esse será o sexto ano -, sendo que, para estabilizar ou reduzir a dívida bruta, seria preciso alcançar superávits primários”, explicou.

Rocha lembrou que o responsável pela política fiscal é o Ministério da Economia e, por isso, evitou comentar qual patamar de resultado primário seria necessário para a estabilização da dívida bruta e sua eventual redução.