O Banco Central decretou na manhã desta sexta-feira, 10, por meio do Ato do Presidente nº 1.334, a liquidação extrajudicial da S. Hayata Corretora de Câmbio S.A. A medida foi tomada considerando “as graves violações às normas legais efetuadas pela Sociedade Corretora de Câmbio”. A S. Hayata tem sede na cidade de São Paulo.

O Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que a corretora teria cometido irregularidades como a importação fictícia de produtos. Operações fictícias – em que são declaradas a compra de mercadorias sem que elas entrem, efetivamente, no território nacional – geralmente são utilizadas para o envio de dólares ao exterior.

As operações também eram feitas em valores menores, para que não entrassem no radar de instituições como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De janeiro a setembro deste ano, a corretora foi responsável por 0,033% do movimento de câmbio primário no País.

O ato desta sexta também estabeleceu a nomeação como liquidante, com amplos poderes de administração e liquidação, Eduardo Felix Bianchini. O ato foi assinado pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Por meio do Comunicado nº 31.366, também publicado nesta sexta, o BC informou que, em decorrência da decretação da liquidação extrajudicial da S. Hayata, tornam-se indisponíveis os bens do controlador da corretora e ex-administrador, Shinichiro Hayata, e do ex-administrador Luciano Hiromitsu Hayata.

“Eventuais informações a respeito da existência de bens ou valores inscritos ou registrados nessas instituições em nome de S. Hayata Corretora de Câmbio S.A. devem ser transmitidas diretamente ao liquidante”, comunicou o BC.