O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu deixar sua principal taxa de juros inalterada, em 4,25%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 19, em meio a persistentes incertezas sobre os efeitos econômicos da política tarifária dos EUA e pressões inflacionárias domésticas.
A decisão, que veio em linha com a expectativa de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), volta a interromper o ciclo de afrouxamento monetário iniciado pelo BC britânico em agosto do ano passado. Desde então, o BoE reduziu seu juro básico em quatro ocasiões, a última vez em maio.
Embora o Reino Unido tenha fechado um acordo comercial com os EUA após o tarifaço do começo de abril, o governo Trump ainda não conseguiu firmar pactos com outros grandes parceiros, como China e zona do euro, alimentando dúvidas sobre a perspectiva da economia global.
Na semana passada, tensões comerciais levaram o Banco Mundial a reduzir significativamente sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2025, de 2,7% para 2,3%.
A manutenção do juro básico do BoE vem também em um momento de inflação elevada no Reino Unido, com a última leitura do índice CPI vindo bem acima da meta oficial de 2%, e de riscos geopolíticos, depois de Israel atacar o Irã por estar supostamente avançando no sentido de desenvolver armas atômicas.