O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) usou um instrumento de mais longo prazo para injetar recursos no sistema financeiro pela primeira vez em sete meses, numa tentativa de esfriar um mercado doméstico de bônus que vem se expandindo com força, em meio à entrada de fundos baratos de curto prazo.

A iniciativa também sinaliza que o PBoC prefere usar meios mais flexíveis para ajustar a oferta de fundos e indica que o BC chinês não tem pressa de recorrer a instrumentos de maior impacto, como cortes de taxas de juros ou compulsórios bancários.

Numa operação rotineira nos mercados, o PBoC ofereceu nesta terça-feira 60 bilhões de yuans (US$ 8,98 bilhões) em acordos de recompra reversa de 28 dias que, na prática, funcionam como empréstimos a bancos comerciais. A última vez em que a instituição ofereceu esse instrumento foi em 5 de fevereiro, quando fez uma grande injeção no sistema financeiro antes do feriado do ano novo lunar, que se estende por uma semana e é marcado por fortes gastos em alimentação e viagens.

O PBoC também ofereceu hoje 30 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa de 14 dias e outros 70 bilhões de yuans em papéis de sete dias. Fonte: Dow Jones Newswires.