Um dos assuntos que vem gerando polêmica na mídia e nas redes sociais é o ‘papel de trouxa’ que Carla Diaz vem fazendo no ‘BBB21’. A atriz, que engatou um romance com o crossfiteiro Arthur no reality, vem sendo vítima e protagonizando cenas extremamente abusivas e tóxicas lá dentro e aqui fora.
A lista da forma de como a loira vem sendo tratada pelo ‘amado’ é extensa: Arthur não defende Carla quando os outros participantes do programa fazem comentários maldosos sobre ela, ele não esboça ‘atitudes de casal’, como beijar, abraçar e dar carinho de forma espontânea, a não ser quando Carla pede.
O atleta, claramente, a troca por Projota, seu amigo e fiel escudeiro na casa. Mas o que ultrapassou todos os limes foi a artista fazer uma declaração apaixonada em que se ajoelha e pede o parceiro em namoro. E ele responde com um simples “partiu”, de forma bem desanimada. A última esnobada foi quando Carla chamou Arthur de ‘Meu Bem’, e ele pediu para que ela não o chamasse assim.
A IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou como os impactos dessa relação podem afetar Carla negativamente.
“Eles estão vivendo um relacionamento abusivo, onde existe abuso emocional gerando sofrimento. Muitas vezes Arthur tenta controlar Carla, procurando afastá-la de quem poderia alertá-la, a ignora quando quer e manipula para ficar tudo bem quando lhe convém. São microviolências que pontuam essa relação e a tornam abusiva”, disse a especialista.
Sobre Carla ser trocada por Projota, amigo de seu namorado, a doutora continuou: “Quando ela é trocada claramente pelo amigo de Arthur, ela se frustra e entristece, fica sem entender por que ele faz isso. Porém, com um pequeno ato de atenção da parte dele, ela já entende que está tudo bem e volta à relação como se nada tivesse acontecido. Esse abuso acontece pelo controle e é representado por falas carinhosas e gestos que são convenientes para ele naquele momento”.
Para a psicóloga, a famosa pedir carinho o tempo toda para Arthur mostra uma dependência emocional muito forte da parte dela. “Carla tenta agradar Arthur de todas as maneiras, mesmo ele não retribuindo estes atos ela mantem este comportamento. Existe uma dependência emocional, onde ela acredita que estar ao lado dele é o melhor para ela, acaba não enxergando muitas atitudes dele, acha que depende dele no jogo e tenta ajuda-lo o tempo todo. Ontem mesmo ela o colocou como protagonista em uma tarefa que realizaram, tentando manter ele em uma posição de destaque, e foi a única que fez isso, o que prova que ele não tem um papel de protagonista e ela sim. Se ela se destaca e tenta colocar ele a seu lado o tempo todo”.
“Neste tipo de relacionamento, ceder às vontades do outro é normal, pois tenta agradar o tempo todo. Acredita que não é capaz de ficar sem ele naquele momento, depende emocionalmente dele, pois se sente desamparada se ele não estiver ao seu lado.”
A cena épica de Carla se ajoelhando para pedir Arthur em namoro deu o que falar pelo fato de ele não ter uma reação satisfatória. A médica conclui explicando que tudo isso não passa de manipulação psicológica que ele faz com ela. “Arthur não demonstra seus sentimentos para que ela se sinta insegura o tempo todo, é uma manipulação psicológica que ele faz”.