O Banco do Brasil começa a atuar nesta segunda-feira, 9, na segunda fase do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, como credor. Desde o começo do programa, o banco renegociou R$ 12,5 bilhões em dívidas, atendendo a um total de 663 mil clientes.

O BB afirma que nos leilões que antecederam à nova fase do programa, mais de 2,2 milhões de clientes tiveram dívidas contempladas, e que os descontos podem chegar a até 99% do valor da dívida atualizada.

A nova fase, chamada oficialmente de Faixa 1, engloba dívidas bancárias e não bancárias, de clientes com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no CadÚnico, e que podem renegociar dívidas através das instituições financeiras credenciadas.

No caso deste grupo de clientes, o governo garantirá as operações através do Fundo Garantidor de Operações (FGO), o mesmo do Pronampe. Embora estejam incluídas de vários setores, o cliente pagará os débitos renegociados aos bancos, que passarão a ser os credores. A renegociação acontece através do site desenrola.gov.br.

Na Faixa 1, estão incluídas dívidas contraídas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. O limite de renegociação por CPF é de R$ 5.000, que pode ser dividido entre diferentes dívidas.

O Desenrola começou em 17 de julho com dívidas bancárias de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000. Desde então, o BB renegociou R$ 12,5 bilhões, sendo que R$ 1,7 bilhão foram no público que estava incluído no programa.

Com a maior procura por renegociação por parte dos brasileiros diante da divulgação do Desenrola, o banco estendeu as condições especiais a outros públicos inadimplentes, inclusive micro e pequenas empresas.

Ao todo, as pessoas físicas que não estavam enquadradas no programa renegociaram R$ 9 bilhões com o BB, e as MPEs, outros R$ 3,5 bilhões.