Bayern de Munique e Borussia Dortmund, os dois representantes alemães presentes no Conselho de Administração da Associação Europeia de Clubes (European Club Association, ECA), entidade que reúne 246 grandes times do continente, são “claramente” contra o projeto de criação da Superliga, torneio que irá competir com a Liga dos Campeões, afirmou neste segunda-feira, Hans-Joachim Watzke, CEO da equipe da cidade de Dortmund.

“Os dois clubes alemães representados no Conselho de Administração da ECA, Bayern de Munique e Borussia Dortmund, apresentaram opiniões 100% idênticas em todas as conversas”, explicou o dirigente do Borussia Dortmund em um comunicado.

Na segunda-feira, doze grandes clubes europeus (Manchester City, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Tottenham, Juventus, Milan e Inter de Milão, Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid,) anunciaram a criação de uma Superliga.

A ECA divulgou no domingo ser “fortemente contra um modelo fechado da Superliga.”

Esta declaração de Watzke confirma que o Bayern de Munique, atual campeão europeu, não quer se associar ao projeto da Superliga Europeia, em que estão envolvidos os demais vencedores da Liga dos Campeões na última década.

Além da ECA, são contrárias à criação deste novo torneio independente as principais ligas de clubes nacionais, como a Premier League (Inglaterra), Bundesliga (Alemanha), Serie A (Itália), La Liga (Espanha) e Ligue 1 (França).

Já o Porto manteve “contatos informais” para integrar a Superliga, mas recusou aderir ao projeto, informou disse segunda-feira o presidente da equipe, Jorge Nuno Pinto da Costa.

“Houve contatos informais por parte de alguns clubes, mas não demos muita atenção a eles”, afirmou o dirigente durante uma entrevista coletiva.

Segundo Pinto da Costa, a recusa se deu por dois motivos: “Em primeiro lugar, a União Europeia não permite um circuito fechado de competições, como a NBA nos Estados Unidos. Além disso, a nossa federação faz parte da Uefa, que é contra este projeto. Não podemos participar em algo que vai contra os princípios e regras da União Europeia “, explicou.

“Estamos na Liga dos Campeões e queremos continuar por muitos mais anos”, acrescentou o dirigente.

Também afirmou ter confiança no projeto de reforma da Uefa, apesar da vontade manifestada pelos doze clubes dissidentes de criarem uma competição separada.

“Se for para a frente, algo de que duvido, não significará o fim da Uefa ou das suas competições”, concluiu.

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