São Paulo, 3 – A Divisão de Crop Science da empresa resultante da compra da Monsanto pela Bayer deve representar 80% do faturamento da companhia no Brasil, disse nesta terça-feira, 3, o presidente global da Divisão Crop Science da Bayer, Liam Condon, durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo.

“Dos R$ 15 bilhões em faturamento do grupo no Brasil após a fusão, 80% virá da Divisão de Crop Science”, informou Condon a jornalistas. “O Brasil será o segundo maior mercado para Crop Science da Bayer e maior motor de crescimento para empresa”, complementou.

Os R$ 15 bilhões representam a soma dos faturamentos de Monsanto e Bayer no Brasil hoje, incluindo outras divisões de negócios da Bayer, como fármacos, remédios que dispensam receita médica, defensivos e sementes.

Condon lembrou que a fusão Bayer e Monsanto foi concluída, mas tecnicamente as operações das empresas só poderão ser integradas quando outros ativos da Bayer forem vendidos para a Basf. O executivo lembrou que a conclusão da operação foi anunciada em 7 de junho e que a previsão é de que a integração se inicie dois meses após esta data.

“A partir daí, a previsão é publicar os resultados do segundo semestre (da empresa resultante da compra) em setembro”, afirmou Condon. A expectativa é que o faturamento no País continue crescendo neste e no próximo ano, mas o executivo não detalhou qual o incremento esperado para a receita. “Só podemos dar guidance para futuro depois da integração das duas empresas”, explicou.

O executivo comentou, ainda, que a companhia teve de vender ativos importantes para a Basf, para garantir a competitividade no mercado de sementes e defensivos e atender a órgãos regulatórios de diversos países. Ponderou também que a concentração no setor de agroquímicos e sementes não vai trazer riscos aos produtores em relação aos preços.

“O mercado está mudando e muitas novas empresas entraram no mercado. Mas com a entrada de empresas de biotecnologia e startups no mercado, teremos mais competição do que antes”, avaliou.