Quando Bad Blood, primeiro álbum do Bastille, chegou ao mercado, em 2013, especulava-se que o nome do grupo britânico era inspirado nos ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade, fraternidade. O vocalista Dan Smith veio a público e esclareceu: era apenas uma piada com a data de seu aniversário, 14 de julho, dia da Queda da Bastilha. De lá para cá muita coisa aconteceu: a banda explodiu e tornou-se uma das maiores representantes do pop mundial. Esse sucesso deve crescer ainda mais com o lançamento do novo disco, Give me The Future. Em entrevista à ISTOÉ, Smith afirmou que as letras abordam o uso da tecnologia e contém diversas referências ao cinema. “Não julgo ninguém, também passo boa parte do tempo na frente do celular. Mas queremos que as pessoas percebam como a tecnologia tomou conta de nossas vidas.” O vocalista diz que a banda abusa das citações a filmes porque ele já era obcecado por cinema antes de se tornar músico. O Bastille, que já lançou um EP chamado Laura Palmer, em homenagem à protagonista da série Twin Peaks, de David Lynch, lança agora a canção Thelma e Louise, sobre a produção de 1991 dirigida por Ridley Scott. “O disco fala sobre outras realidades. Nada melhor, portanto, que se imaginar nos EUA dos anos 1990 e encontrar essas duas mulheres que se tornaram ícones pop do escapismo.”

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Convidado especial:
Riz Ahmed

Há um componente cinematográfico de verdade no novo disco do Bastille: a participação de Riz Ahmed (foto), britânico de origem paquistanesa e primeiro muçulmano a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator – em 2021, pelo filme O Som do Silêncio. No álbum, Ahmed declama um poema durante a canção Promises. “Demos total liberdade, e ele chegou no estúdio com a poesia. Ficou lindo”, elogia Dan Smith.