A seleção dos Estados Unidos cumpriu as previsões e conquistou a quarta medalha de ouro consecutiva no basquete masculino, após vencer a França por 87 a 82 na final, disputada neste sábado em Saitama.

Kevin Durant comandou os americanos e terminou a partida com 29 pontos, com o grande apoio de Jason Tatum (19), contra uma França que pagou caro pelos erros nos arremessos livres (18/29) e erros (18).

“Este ouro significa muito para mim, passamos por muitas coisas. Lutamos contra todas as adversidades e contra uma grande equipe”, resumiu Durant, que é tricampeão olímpico, após as medalhas de ouro em Londres-2012 e Rio-2016.

Apesar das dúvidas provocadas durante a preparação para o torneio olímpico, quando o “Team USA” sofreu derrotas em amistosos para Austrália e Nigéria, e de uma estreia em Tóquio-2020 com um revés para a França (83-76), os Estados Unidos voltaram a conquistar a medalha de ouro no basquete masculino, confirmando o domínio no esporte.

Desde que as estrelas da NBA começaram a disputar os Jogos Olímpicos, em Barcelona-1992 com o mítico ‘Dream Team’, os americanos só deixaram escapar a medalha de ouro uma vez, em Atenas-2004, quando a Argentina foi campeã olímpica.

Os franceses, que fizeram um jogo equilibrado no primeiro tempo e conseguiram manter a esperança de vitória até o último quarto, foram superados pela atuação de Durant e por seus próprios erros.

“Temos uma equipe com muito caráter e não queríamos nos conformar com a prata. Agora sabemos que havia uma montanha na nossa frente”, declarou o francês Nando De Colo.

A França conseguiu atuar de igual para igual por boa parte da final contra a equipe do técnico Gregg Popovich, especialmente pela atuação de Rudy Gobert, que fez 16 pontos e pegou oito rebotes, mas o melhor jogador de defesa da NBA pecou nos arremessos livres (6/13).

A equipe dos Estados Unidos venceu o primeiro quarto por 22-18. Na segunda parcial chegou a abrir 39-26, mas a França, treinada por Vincent Collet, se recuperou e foi para o intervalo com desvantagem de 44-39.

No terceiro quarto, cada vez que a França se aproximava do placar, os americanos pisavam no acelerador e aumentavam a diferença, que chegou a 14 pontos.

No último quarto, após uma cesta de três pontos de Frank Ntikilina o placar ficou 73-70 com pouco menos de seis minutos por jogar, mas os americanos voltaram a aproveitar os erros franceses e voltaram a abrir 10 pontos após uma cesta de três de Tatum (82-72).

A França lutou até fim e, como consolo, entra para a história como a equipe que perdeu uma final olímpica para os Estados Unidos por menor diferença (superando a Espanha, derrotada por 107-100 em Pequim-2008).

O título olímpico é uma coroação para Popovich, 72 anos, um dos melhores técnicos da história do basquete e que já conquistou cinco títulos da NBA com o San Antonio Spurs.

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