27/07/2024 - 10:00
Os Estados Unidos escalaram um “dream team” (“time dos sonhos”, em português) de basquete masculino para os Jogos Olímpicos de Paris. Estão na competição:
– Bam Adebayo (Miami Heat);
– Devin Booker (Phoenix Suns);
– Anthony Davis (Los Angeles Lakers);
– Kevin Durant (Phoenix Suns);
– Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves);
– Joel Embiid (Philadelphia 76ers);
– Tyrese Haliburton (Indiana Pacers);
– Jrue Holiday (Boston Celtics);
– LeBron James (Los Angeles Lakers);
– Derrick White (Boston Celtics);
– Jayson Tatum (Boston Celtics);
– Stephen Curry (Golden State Warriors).
O conjunto acima pode se confundir com uma lista dos principais jogadores de basquete do mundo. Mas essa não é a primeira vez que os americanos protagonizam essa situação em uma Olimpíada.
O “dream team” original
Os nomes mais reconhecidos do esporte já jogavam nos EUA e disputavam a liga local (NBA) em 1989, quando a FIBA (Federação Internacional de Basquete) autorizou os atletas do campeonato a participarem de torneios internacionais.
Até os Jogos Olímpicos de 1988, universitários representavam os americanos nas Olimpíadas. Com a alteração regimental, os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, foram um marco: pela primeira vez, a principal competição esportiva do mundo teria os astros americanos da NBA em ação.
A convocação era estelar: Michael Jordan, Magic Johnson, Charles Barkley, Larry Bird e Scottie Pipen eram os protagonistas. A imprensa relatou, na época, que eles nem sequer se hospedaram na Vila Olímpica, como os participantes ficavam, mas em luxuosos quartos de hotel em Barcelona.
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“Olho para a minha direita e está Michael Jordan. Olho para a esquerda, e estão Charles Barkley ou Larry Bird… Eu não sabia para quem jogar a bola”, resumiu Earvin Johnson, integrante daquele time, ao serviço de comunicação oficial do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Nas quadras, uma campanha incontestável. O “dream team” derrotou Cuba, Canadá, Panamá, Argentina, Porto Rico e Venezuela para faturar a medalha de ouro. No jogo mais complicado, impuseram 38 pontos de vantagem sobre os porto-riquenhos — e entraram para a história das Olimpíadas.
Retorno aguardado
O time histórico de Barcelona não se repetiu a nível internacional. Em 1994, no Mundial de Basquete do Canadá, os EUA decidiram não convocar nenhum dos medalhistas.
Em 1996, em Atlanta, os americanos voltaram a conquistar o ouro em uma grande campanha, mas sem algumas das estrelas e diferenciais da edição anterior.
Quatro anos depois, na Austrália, mais um ouro na conta do basquete americano, que mantinham grandes jogadores (fruto da principal escola do esporte no mundo), mas os principais nomes da NBA ficavam de fora. O brilho das atuações também não se repetiu.
Nos Jogos Olímpicos da Grécia, em 2004, um time sem estrelas faturou ‘apenas’ o bronze, em uma campanha muito abaixo da média americana.
A imprensa dos EUA registrou que, em partidas da NBA, torcedores locais passaram a questionar astros dos times (como LeBron James) a respeito de sua ausência nas Olimpíadas.
O fracasso de 2004 e a pressão do público levaram os delegados da NBA — responsáveis pela convocação — a alterar a rota e levar os melhores a Pequim, na China, em 2008. Com LeBron James, Kobe Bryant e companhia, o ouro voltou às mãos dos americanos.
Aquela equipe ficou conhecida como o “redeem team” (“time da redenção”, em português). Nas disputas seguintes, mesmo com conquistas, nenhum time voltou a comover os americanos.
Em paralelo, a NBA cresceu ainda mais. Nas três temporadas mais recentes (entre 2021 e 2024), a liga teve um campeão inédito — o Denver Nuggets –, recordes de público nas arenas, gerou em uma única temporada US$ 10 bilhões em receitas (cerca de R$ 5,64 bilhões, na cotação atual) e manteve o status do campeonato em que os principais atletas do mundo jogam.
A expectativa dos americanos — e dos fãs de esporte — é que um novo “dream team” se apresente nas quadras de Paris.
Quando e onde ver esse time?
O basquete americano estreia na Olimpíada de 2024 contra a Sérvia, neste domingo, 28, às 12h15.
O torneio é exibido na televisão, pelos canais do Grupo Globo, e na internet, pelo serviço de streaming Globoplay, e pelo canal da CazéTV no YouTube.