Pouco mais de uma hora após o início da sessão do Congresso Nacional, a base aliada do governo ainda não conseguiu ter o quórum necessário para começar as votações. Embora haja mais de 300 deputados no plenário, há apenas 37 senadores presentes – o mínimo é 41 para abrir a ordem do dia. “O problema é o Senado”, resumiu o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE). Líderes da base já falam na possibilidade de a votação do PLN 8/2018, que abre crédito de R$ 1,164 bilhão para cobrir um calote dos governos da Venezuela e de Moçambique, ficar para a próxima terça-feira (8), exatamente o dia do vencimento do pagamento.

Os empréstimos para os dois países têm como avalista o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), vinculado ao Ministério da Fazenda. Para garantir o pagamento das dívidas de Venezuela e Moçambique com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Credit Suisse, é preciso prever a despesa no Orçamento, embora o FGE tenha dinheiro para honrar o compromisso. O problema é resolvido com a aprovação de um crédito suplementar.

A resistência vem não só da oposição, mas também de alguns parlamentares da base aliada, que entendem que o crédito vai cobrir um rombo deixado pela gestão do PT. Os defensores da medida tentam argumentar que é o nome do Brasil que está em jogo, daí a necessidade de honrar o compromisso.

Senadores da oposição, embora estejam em plenário, não estão marcando presença para dificultar o trabalho da base aliada. O presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), já faz pelo menos quatro chamadas no microfone para que os senadores compareçam ao plenário.


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