Barroso ameniza conflito com Congresso em volta do STF: ‘Natural haver divergência’

Antonio Augusto/STF
Ministro Luís Roberto Barroso Foto: Antonio Augusto/STF

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira, 3, que conversou com o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e que ele foi “extremamente cordial”. O magistrado disse não ter visto os recados dados pelo senador ao Supremo em seu discurso no último sábado, 1º, após as eleições para as mesas diretoras do Congresso.

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No sábado, Alcolumbre citou “tensões e desentendimentos” entre Congresso e Supremo sobre as emendas parlamentares e cobrou cumprimento de acordos firmados. “O relacionamento entre os Poderes, embora seja regido pela Constituição e pela harmonia, tem sido testado por tensões e desentendimentos”, afirmou.

A tensão cresceu desde agosto de 2024, quando o Supremo suspendeu a execução de todas as emendas impositivas. A decisão foi revista após acordo entre os Poderes, mas ainda restam critérios de transparência que incomodam os deputados e senadores.

“Ele eleito com uma maioria muito expressiva. Tudo que é importante para o bem do país, a gente resolve com diálogo. Portanto, todo mundo quer cumprir a Constituição, fazer bem feito. Com boa-fé e boa vontade tudo é possível“, disse o presidente do Supremo.

Barroso afirmou ainda que as relações institucionais entre os Três Poderes estão boas. “Os poderes são independentes, e às vezes desempenham papéis um pouco diferentes. É natural que haja divergência, a gente dialoga e resolve institucionalmente as divergências“, concluiu.