O navio “Ocean Viking”, da ONG SOS Méditerranée, pediu à União Europeia (UE) nesta terça-feira (6) que permita o desembarque em um de seus portos de 572 migrantes resgatados no Mediterrâneo em três dias.
“A SOS Méditerranée faz um apelo à UE para que coordene urgentemente o desembarque dos 572 sobreviventes em um local seguro”, disse a ONG, com sede em Marselha (sudeste da França), destacando que 183 dos resgatados são crianças.
No domingo à noite (4), o navio fez um de seus maiores resgates em anos de uma embarcação que havia deixado a Líbia com 369 homens. Havia mulheres e crianças a bordo.
“Há muitos anos que nossas equipes não se deparavam com embarcações de madeira tão grandes e inadequadas para navegação frente à costa da Líbia”, afirmou a SOS Méditerranée em um comunicado.
Pouco antes, neste mesmo dia, o navio da organização já havia resgatado 71 migrantes de outra embarcação de madeira lotada. O barco também partiu da Líbia, um ponto de partida crucial para as travessias da África para a Europa.
Desde o início de 2021, 880 migrantes morreram, tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa, conforme números da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A SOS Méditerranée diz ter ajudado mais de 30.000 pessoas desde fevereiro de 2016: primeiro, com o navio “Aquarius”, e depois, com o “Ocean Viking”.
Países da UE, como Itália e Malta, resistiram no passado a autorizar o desembarque de migrantes em seus portos.