A coalizão pró-palestina Flotilha da Liberdade anunciou neste sábado que um novo barco transportando ajuda humanitária para Gaza estava se aproximando do litoral do território palestino, com a intenção de atracar na manhã de domingo, apesar do bloqueio imposto por Israel.
O Handala, fretado por este movimento internacional de solidariedade aos palestinos, conseguiu chegar mais perto do litoral de Gaza do que um barco anterior, o Madleen, interceptado em junho, e no sábado estava a apenas 105 milhas náuticas (194 km) do seu destino, informaram os organizadores.
A bordo, 19 ativistas de várias nacionalidades, incluindo duas deputadas do partido francês de esquerda radical França Insubmissa (LFI), Gabrielle Cathala e Emma Fourreau, bem como dois jornalistas. O barco havia partido no dia 13 de julho do porto de Siracusa, na Sicília.
A marinha israelense indicou que não permitiria que o barco alcançasse o território palestino cercado.
“O Exército israelense aplica o bloqueio marítimo de segurança legal na Faixa de Gaza e está preparado para diversos cenários, os quais implementará conforme as diretrizes da liderança política”, declarou neste sábado à AFP um porta-voz militar.
Esse antigo barco pesqueiro norueguês transporta material médico, alimentos, equipamentos para crianças e medicamentos.
A expedição, financiada por campanhas de doação, tem como objetivo romper o bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária.
Agências da ONU e várias ONGs alertaram sobre um risco iminente de fome em Gaza.
A tripulação do Handala indicou no X que iniciaria uma greve de fome se o barco fosse interceptado pelo Exército israelense e os passageiros fossem detidos.
A iniciativa surge seis semanas após a partida do Madleen, outro barco da flotilha, que partiu da Itália em 1º de junho.
Este veleiro transportava 12 ativistas, incluindo a ecologista Greta Thunberg e a eurodeputada da LFI Rima Hassan, que foi detida três dias após a interceptação do barco, a aproximadamente 185 quilômetros a oeste da costa de Gaza.
Israel, cuja ofensiva começou no dia seguinte ao ataque do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, impôs em março um bloqueio humanitário rigoroso ao território palestino.
Esse bloqueio provocou escassez de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais e foi parcialmente flexibilizado no final de maio.
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