Barcelona e Atlético de Madrid fizeram um grande confronto nesta terça-feira, pela abertura das quartas de final da Liga dos Campeões. Digno da crescente rivalidade entre os clubes. No Camp Nou, os madrilenhos saíram na frente no primeiro tempo, mas o autor do gol Fernando Torres foi expulso logo depois. Com um a mais, os catalães exerceram uma incrível pressão no segundo tempo, buscaram a virada com dois gols de Suárez e selaram a vitória por 2 a 1, que lhes dá a vantagem, mas deixa o confronto aberto para a volta.

O resultado desta terça não foi dos melhores para o Atlético, mas diante das circunstâncias da partida pôde ser comemorado. Com ele, o time madrilenho se classifica às semifinais com uma vitória simples por 1 a 0, na volta, em casa, no próximo dia 13. Ao Barcelona, basta o empate ou uma derrota por um gol, desde que o placar seja superior a 2 a 1.

O início nesta terça foi exatamente como se esperava. O Barcelona ficava com a posse e encurralava o Atlético, que por sua vez aceitava a pressão territorial e tentava surpreender nos contra-ataques. A estratégia madrilenha deu certo e o Barcelona pouco assustou. Messi, duas vezes, chutou torto da entrada da área. Neymar, aos 18 minutos, recebeu sozinho na área e cabeceou para fora na melhor chance do time na primeira etapa.

Aos poucos, o Atlético foi gostando do jogo e passou a assustar quando ia ao ataque. Muito mais incisivo que o rival, abriu o placar aos 24 minutos. Koke recebeu na intermediária e viu Piqué deixar a área para tentar surpreendê-lo com o bote. O meia foi esperto, encontrou Fernando Torres exatamente no espaço deixado pelo zagueiro catalão e enfiou ótima bola. O experiente atacante recebeu na corrida, na entrada da área, e bateu firme de primeira entre as pernas de Ter Stegen.

O gol deixou ainda mais nervoso um jogo que já era tenso. O Atlético se fechou, passou a abusar das faltas, mas quase ampliou em um contra-ataque. Aos 31 minutos, Griezmann recebeu na meia-lua, dominou e bateu cruzado. Ter Stegen se esticou todo e fez linda defesa.

Só que o excesso de vontade do Atlético cobraria seu preço na sequência, e de herói, Fernando Torres viraria vilão. Depois de uma entrada dura em Neymar, repetiu a atitude para cima de Busquets, recebeu o segundo amarelo e deixou o Atlético de Madrid com um a menos com 35 minutos.

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Mesmo com um a mais, o Barcelona não conseguiu infiltrar na ótima marcação do Atlético até o intervalo. Só que o segundo tempo começou diferente, e logo com três minutos, Neymar encontrou Messi na área, o argentino dominou no peito e virou bicicleta rente à trave. O brasileiro era a principal arma ofensiva do Barcelona e voltou a assustar aos cinco. Ele recebeu na entrada da área, cortou para a perna direita e acertou o travessão.

O que se viu nos primeiros minutos da etapa final foi um verdadeiro massacre do Barcelona. Neymar, de cabeça, Messi, de fora da área, Iniesta, pela esquerda, deram sequência à incrível pressão exercida pelos donos da casa. Tudo isso nos primeiros dez minutos. O Atlético não conseguia sair da própria área, a torcida da casa inflamou e o empate parecia questão de tempo.

A pressão seguiu e Neymar quase marcou novamente aos 16, quando arriscou de fora outra e jogou perto. Até que finalmente a insistência deu resultado. Somente um minuto depois, Daniel Alves recebeu pela direita e cruzou. Jordi Alba chegou batendo de primeira, torto, mas Luis Suárez apareceu no meio da área para desviar para a rede.

O gol diminuiu a urgência do ataque do Barcelona e, consequentemente, deixou o Atlético um pouco mais solto. Quando parecia que os visitantes tinham mais controle, Suárez apareceu mais uma vez para garantir a virada. Após rápida troca de passes na entrada da área, Daniel Alves cruzou na cabeça do uruguaio, que testou firme para a rede.

Mesmo em desvantagem, o Atlético não teve vergonha de se fechar ainda mais. O Barcelona seguiu em cima, mas talvez até pela questão física não conseguia manter o nível da pressão. Messi ainda tentou em arrancada pelo meio da área, mas os madrilenhos conseguiram minimizar o dano e segurar a derrota pela diferença mínima.


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