Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistir de disputar a reeleição, o nome do ex-presidente Barack Obama chegou a ser mencionado por eleitores como possibilidade de substituí-lo nas eleições de novembro.

Mas Obama não pode concorrer novamente à Presidência dos EUA. O democrata ocupou a Casa Branca entre 2009 e 2016, período em que teve Biden como vice.

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A 22ª Emenda à Constituição americana prevê que “nenhuma pessoa pode se eleger para a Presidência mais de duas vezes”. Como foi eleito em 2008 e 2012, Obama não tem direito a concorrer novamente ao cargo.

Quem pode substituir Biden

Entre os políticos que postulam pela candidatura democrata, que será definida em agosto, os analistas apontam favoritismo da vice-presidente Kamala Harris, apoiada pelo atual presidente no próprio anúncio de desistência. Mas outros nomes estão nessa disputa. Veja quais são:

– Gavin Newsom
Não há regra que preveja que o companheiro de chapa automaticamente substitua o candidato à Presidência em caso de desistência. É por isso que o nome do governador da Califórnia, Gavin Newsom, vem sendo mencionado.

O democrata de 56 anos, ex-prefeito de San Francisco, está no leme do chamado Estado Dourado – o mais populoso dos Estados Unidos – há cinco anos, e o tornou em um refúgio do acesso ao aborto.

Até agora, ele tem apoiado firmemente Biden e rejeitado as especulações de que poderia substituí-lo, afirmando após o desempenho sofrível do presidente no debate contra Donald Trump na semana passada que tais “conversas” são “inúteis para nossa democracia”.

Mas Newsom também não faz segredo de suas próprias ambições presidenciais.

Nos últimos meses, ele intensificou suas viagens internacionais, divulgou diversos anúncios promovendo seus feitos e investiu milhões de dólares em um comitê de ação política, alimentando a especulação de que irá se candidatar em 2028. Então, por que não o faria em 2024?

– Gretchen Whitmer
Outra possível candidata democrata é Gretchen Whitmer, de 52 anos, governadora de Michigan.

Seu estado tem tanto uma forte população da classe trabalhadora quanto comunidades importantes de afro-americanos e árabe-americanos, todos grupos-chave de eleitores que Biden vem tentando cortejar.

Whitmer, crítica feroz de Trump, talvez seja mais conhecida por ter sido o alvo pretendido de um complô de sequestro orquestrado por uma milícia de extrema direita.

Michigan será um dos estados decisivos nas eleições de 5 de novembro – um forte argumento, segundo seus apoiadores, para nomeá-la candidata.

Whitmer tem negado as especulações sobre sua candidatura, afirmando, nesta segunda, que estava “orgulhosa em apoiar Joe Biden como nosso candidato”.

“Eu o apoio 100% na luta para derrotar Donald Trump”, disse.

– Josh Shapiro
O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, lidera o maior estado pêndulo nas eleições de novembro.

Com 51 anos, Shapiro, que foi eleito em novembro de 2022 com uma vitória convincente sobre um adversário conservador e foi empossado no início de 2023, anteriormente foi eleito duas vezes como procurador-geral do estado.

Ele condenou os sacerdotes católicos que haviam abusado sexualmente de milhares de crianças e processou a farmacêutica Purdue Pharma, fabricante do poderoso opioide analgésico OxyContin.

Shapiro é um orador eficaz e um centrista declarado, qualidades que podem impulsioná-lo a tentar o mais alto cargo do Executivo.

Outros nomes

Outros nomes ventilados incluem os dos governadores de Illinois, JB Pritzker; de Maryland, Wes Moore; e de Kentucky, Andy Beshear, mas suas chances parecem até agora limitadas, na melhor das hipóteses.

A senadora Amy Klobuchar e o secretário de Transportes, Pete Buttigieg, que enfrentaram Biden nas primárias de 2020, também têm sido mencionados.