Por causa de seus discursos incoerentes, ataques à democracia e tentativa de dar um golpe de Estado na democracia mais consistente do mundo, o ex-presidente norte-americano Donald Trump foi banido de sua virtual vida pública. Enquanto pode, Trump usou e abusou do Twitter, sua plataforma favorita, até que foi bloqueado permanentemente do site.

O ex-presidente e sua turma até tentaram explorar mídias alternativas, focar na televisão, mas acabaram falando sozinhos ou para apenas um punhado de ultradireitistas. Com Trump fora do cargo, vários programas de televisão norte-americanos pararam de repercutir as loucuras do antigo mandatário, principalmente seus “showmícios”. O apresentador Stephen Colbert parou até de usar o nome de Trump, como se fosse um vilão da saga Harry Potter.

Isso, contudo, pode mudar – pelo menos um pouco. Trump acaba de lançar seu próprio aplicativo à la Twitter. O nome é sugestivo, pois absurdo: Truth Social, “Verdade”, em português. De propriedade da empresa Trump Media and Technology Group, empreitada que iniciou logo após deixar a Casa Branca, a rede social promete uma enxurrada de fake news e meias verdades.

Lançado na segunda-feira, o aplicativo por enquanto só está disponível para iOS, mas já enfrenta diversos fracassos operacionais, com quedas e erros de servidor constrangedores. “Truth Social” pretende colocar o que Trump faz – não importa o que seja – na boca do povo. Se o aplicativo triunfará, é cedo para saber.

Já o filho de Trump, Donald Jr., usou o Twitter para divulgar o que parecia ser a primeira mensagem do ex-presidente na nova rede social: “Prepare-se! Seu presidente favorito o verá em breve!”. As postagens na nova plataforma são chamadas de “verdades” no lugar de “Tuítes” e o “retuíte”, funcionalidade usada no Twitter quando o usuário quer reforçar a mensagem de alguém, virou uma “reverdade”.

Parece até esquete de comédia, mas é algo sério, pelo menos para eles. Com as semelhanças da família Trump com a família Bolsonaro, será que podemos esperar algo parecido do presidente do País para 2023?