A campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que pedirá a instauração de um inquérito policial para saber “quem fez e colocou” uma adaptação da bandeira brasileira com os dizeres “Bolsonaro parou, Marçal começou. Pablo Marçal presidente do Brasil” (veja imagem) na avenida Paulista durante a manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro.

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Guerra de versões

Nesta segunda-feira, 9, após o site Metrópoles revelar que a presença da faixa no local irritou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que diz publicamente ter planos de voltar a concorrer ao cargo que ocupou de 2019 a 2022, a assessoria de Pablo Marçal (PRTB) distribuiu a jornalistas um vídeo em que acusa funcionários da prefeitura de estenderem a faixa com “mensagem afrontosa a Bolsonaro”.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

A versão difundida pelo ex-coach se baseia na ideia de que, para evitar que aliados e eleitores de Jair Bolsonaro continuem a desembarcar da candidatura de Nunes — oficialmente apoiado pelo político do PL — em direção à de Marçal, a campanha do prefeito trabalha para “forçar uma ruptura” entre o adversário e o ex-presidente.

Já a campanha de Nunes distribuiu outro vídeo, em que mostra funcionários da Subprefeitura da Sé puxando a bandeira do chão e colocando-a de volta “para passagem de outro funcionário”. A alegação é de que o conteúdo distribuído pelo postulante do PRTB foi “cortado”.

Para evitar a dispersão de qualquer versão que possa conter falsidades, o site IstoÉ não reproduzirá nenhum dos vídeos enviados pelas campanhas.

7 de setembro. No ato da Paulista, o emedebista subiu no carro de som dos bolsonaristas, mas não discursou, enquanto o oponente do PRTB foi barrado pelo pastor Silas Malafaia, organizador do evento, o que não lhe furtou de ser ovacionado por parte dos manifestantes.