A Banda Sinfônica do Estado de São Paulo terá suas atividades suspensas a partir de janeiro. A informação foi recebida nesta quinta-feira, 15, por músicos do grupo, após reunião dos conselheiros do Instituto Pensarte. Segundo eles, a organização social afirma que o contrato de gestão com o governo do Estado, que se encerrava no dia 15, será prorrogado até abril, “porém a Banda não terá atividades programadas neste período”. Na reunião, foi discutido ainda um plano de demissões em janeiro.

O corte vinha sendo dado certo pelos artistas que, na semana passada, realizaram uma manifestação em frente à Sala São Paulo. Na tarde de ontem, houve uma guerra de versões sobre o tema. Ao Estado, a secretaria de Estado da Cultura informou que “mantêm-se indefinidos quaisquer ajustes nos programas e equipamentos para o ano que vem”. Segundo os músicos, no entanto, na reunião do conselho, a direção do Pensarte definiu as mudanças como “exigência da Secretaria de Cultura”. O Pensarte, por sua vez, disse que “as informações divulgadas ainda não são oficiais”.

Os músicos da Banda Sinfônica haviam criado um abaixo-assinado pedindo que uma emenda parlamentar da Assembleia Legislativa garantisse a sobrevivência do grupo. Na manhã de ontem, na página do Facebook intitulada SOS Banda Sinfônica, os artistas se pronunciaram.

“A decisão foi tomada pela Secretaria de Estado da Cultura. Todas as atividades estão suspensas de janeiro até abril. Teremos demissões em janeiro (não sabemos se da totalidade do grupo, mas é o mais provável). No papel, a Banda existirá e cumprirá concertos patrocinados no interior com músicos contratados temporariamente (pelo que entendemos) a partir de abril. (…) A Banda como vocês conheciam, ao que tudo indica, não existe mais”, diz o texto.

Os cortes na área de música do governo do Estado de São Paulo começaram no final de 2014. Deste então, a Osesp já perdeu cerca de R$ 20 milhões (e vive sob incerteza com relação ao próximo ano); o Projeto Guri teve redução de 37%; a Escola de Música do Estado de São Paulo, 15%. O Instituto Pensarte (que gere o Teatro São Pedro, a Banda Sinfônica e a Jazz Sinfônica) pode perder mais de 35% de seu orçamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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