21/07/2024 - 18:14
A banda Sepultura toca neste domingo, 21, no Capital Moto Week, festival de motos e rock de Brasília. O show faz parte da turnê de despedida “Celebrating Life Through Death” (celebrando a vida por meio da morte, na tradução), após mais de 40 anos de estrada e reconhecimento internacional.
Para falar mais do show e do momento do grupo de heavy metal, o site ISTOÉ entrevistou Andreas Kisser, guitarrista do quarteto, formado também por Derrick Green (vocal), Paulo Xisto (baixo) e Greyson Nekrutman (bateria).
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A turnê terá mais bandas de abertura ‘parceiras’, como ocorrerá com o Massacration no Capital Moto Week. É possível esperar Ratos de Porão e outras?
Estamos negociando. Devemos anunciar para São Paulo e Rio algumas bandas de abertura. Onde for para juntar forças estamos dentro.
Como está sendo a turnê de despedida?
Está sendo sensacional. Começou com alguns shows em março pelo Brasil, na América Latina. Vamos continuar pelo Brasil agora e depois tem um festival na Coreia, em agosto. Em setembro, Estados Unidos e Canadá. Mais para o final do ano, Europa.
A gente está celebrando 40 anos de banda em um momento muito especial. Muito tranquilo e organizado. Consciente e tranquila de celebrar e de acabar.
O público tem comparecido e participado. Muita emoção de perceber que o Sepultura faz parte da vida de cada um de uma maneira ou de outra. De uma maneira especial. E essa turnê é um grande agradecimento aos fãs por ter mantido essa banda há 40 anos de altos e baixos, de mudanças. E a gente está aqui firme e forte.
Qual o motivo da despedida? Foram os demais projetos que os músicos tocam em paralelo?
A gente tem vários projetos, mas não foi por isso. Eu mesmo tenho o “De la Tierra”, uma banda de metal latino desde 2012. Eu tenho um programa de rádio, o “Pegadas de Andreas Kisser”, desde 2012 também.
A decisão de fazer a despedida não tem nada a ver com isso. Não é que a gente está sem tempo de fazer Sepultura. É o respeito que a gente tem pela nossa própria história. De acabar em um momento positivo, de acabar em um momento bom.
Eu comecei a conversar com todos há mais de dois anos sobre esse projeto. Sobre essa ideia. E desenvolvemos até estar aqui hoje. Foi um processo muito bem organizado, muito bem planejado. Para celebrar e curtir o momento o máximo possível.
Obviamente vou ter tempo aberto para outras coisas. Conheço músicos e produtores ao redor do mundo. Mas não estou preocupado com isso agora. Quero viver o momento. Quando o futuro chegar ele se tornará o presente, aí a gente fará as decisões.
E o disco ao vivo com 40 faixas de shows em cidades diferentes?
Estamos gravando todos os shows desde que começou. E a ideia é lançar 40 músicas em 40 cidades diferentes.
Você chegou a ouvir as regravações do Max e do Igor Cavallera de músicas do Sepultura?
Não. Eu meio de tabela pela internet.
Houve a saída do Eloy antes de começar a turnê. Como isso impactou a banda?
Ele anunciou três semanas antes de começar a turnê que estava fora e indo para o Slipknot. Foi uma surpresa para todos porque a gente estava planejando há dois anos e ele estava envolvido no projeto, criando setlist, ideias para o palco, enfim.
Como foi a entrada do Greyson?
Procuramos o Greyson, um batera que eu já estava seguindo há algum tempo. Conheço o pessoal do Suicidal Tendences, acompanhando a carreira deles e o que ele estava fazendo por ali. E quando o Eloy resolveu sair, foi o primeiro nome que me veio a cabeça. Em 48 horas a gente fechou com ele. Em uma semana ele veio para o Brasil.
Nós fizemos os ensaios e primeiro de março deste ano, a gente fez o primeiro show em Belo Horizonte, que foi muito significativo por ser BH, a cidade natal do Sepultura, o primeiro show com o Greyson, em uma situação inesperada. Mas que foi sensacional.
Ele veio com uma atitude positiva, um talento absurdo. Ele tem muito a crescer, mas já tem uma bagagem fantástica.
A ISTOÉ foi ao evento a convite da organização do Capital Moto Week*