Dez bancos multilaterais de desenvolvimento (BMD) se comprometeram a “gerar uma margem adicional de empréstimos da ordem de US$ 300 bilhões a US$ 400 bilhões na próxima década”, anunciou neste sábado o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O objetivo é aumentar a capacidade de financiamento “com o apoio de acionistas e parceiros”, explicou, no momento em que os países em desenvolvimento pedem aos bancos multilaterais que melhorem as condições de financiamento para enfrentarem o aquecimento global.

Esse é um dos cinco pontos de uma estratégia traçada pelos dez bancos após um retiro organizado pelo BID em Washington paralelamente às reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

“Com essa iniciativa pioneira, queremos aprofundar nossa colaboração, para trabalhar como um sistema”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn. “Estamos trabalhando juntos para melhor servir aos nossos países e obter mais impacto e escala com nossas ações.”

Os dez bancos decidiram se comprometer mais com a luta contra as mudanças climáticas alinhando suas operações aos objetivos do Acordo de Paris. Entre suas outras prioridades estão aumentar a sua eficácia e seu impacto no desenvolvimento e divulgar mais estatísticas para ajudar os investidores a avaliar melhor “os riscos e oportunidades”.

Os dez bancos também se propuseram a aumentar o financiamento do setor privado. Trata-se de “aumentar os empréstimos em moeda local e as soluções de cobertura de risco cambial, para impulsionar o investimento privado”, explicou o BID.

Além do BID, as medidas têm o apoio do Grupo Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Banco de Desenvolvimento do Conselho Europeu, Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, Banco Europeu de Investimento, Banco Islâmico de Desenvolvimento e Novo Banco de Desenvolvimento.