Os bancos britânicos estão preparados para sustentar a economia nacional em caso de um Brexit “desordenado”, afirmou nesta terça-feira o Banco da Inglaterra (Boe) ao divulgar os resultados dos testes de resistência.

Os sete principais bancos do país – Barclays, HSBC, RBS, Lloyds Banking Group, Nationwide, Santander UK e Standard Chartered – foram submetidos ao teste com resultados positivos, de acordo com o BoE, o banco central do Reino Unido.

Estes bancos poderão seguir estimulando a economia, inclusive no caso de um Brexit “desordenado”, destacou o BoE.

De todo modo, o banco central considerou que os sete bancos devem aumenter em conjunto suas reservas de capital em 6 bilhões de libras (8 bilhões de dólares) para a proteção de uma grande crise.

Os testes de resistência englobaram uma “ampla gama de riscos macroeconômicos britânicos que poderiam associar-se ao Brexit”, explica um comunicado do Comitê de Política Financeira (FPC) do BoE.

“Como resultado, o FPC considera que o sistema bancáro britânico poderia seguir dando apoio à economia real em um Brexit desordenado”.

Mas o presidente do BoE, Mark Carney, advertiu em uma entrevista coletiva que este tipo de saída da União Europeia “não interessa a ninguém” e que teria “um impacto econômico nas residências e empresas”.

“Não é um bom cenário”, insistiu Carney. “É o (cenário) que estamos trabalhando para evitar porque teria custos econômicos materiais. Mas o sistema financeiro poderia seguir operando através do mesmo”.

Ao mesmo tempo, o BoE advertiu que se o Brexit coincidisse com o uma recessão mundial, o golpe econômico seria “mais severo” do que antecipam os testes de resistência.

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