O Banco Mundial anunciou nesta segunda-feira (11) que suspendeu parte de um projeto para financiar escolas de treinamento na província chinesa de Xinjiang, após alegações de abuso da minoria muçulmana uigur.

“Especificamente, o componente do projeto que envolve escolas parceiras em Xinjiang está sendo fechado”, afirmou o Banco Mundial em comunicado.

O projeto “será colocado sob maior supervisão”, foi relatado.

No fim de agosto, a revista “Foreign Policy” informou que uma escola que se beneficiou de uma parte do empréstimo de US$ 50 milhões da China comprou “arame farpado, lançadores e coletes à prova de balas”.

O banco de desenvolvimento disse que iniciou uma revisão na onda de reclamações, mas “não corroborou as acusações” de abuso dos uigures.

No entanto, “à luz dos riscos relacionados às escolas associadas, que são amplamente dispersas e difíceis de controlar, o escopo e a pegada do projeto estão sendo reduzidos”.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O tratamento que a China dispensa aos uigures, uma minoria muçulmana de língua turca concentrada na região noroeste de Xinjiang, está sendo objeto de um escrutínio crescente.

Grupos de direitos humanos e especialistas dizem que mais de 1 milhão de pessoas, boa parte da minoria muçulmana, foram internadas em campos de reeducação em Xinjiang, onde estão sendo torturados e forçados a renunciar à sua religião.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias