O presidente do Banco Mundial, David Malpass, pediu nesta quinta-feira à China que abra mais sua economia e reduza os subsídios públicos, demandas semelhantes às dos Estados Unidos, imerso em uma guerra comercial com o gigante asiático.

“A China poderia melhorar sua legislação, deixar o mercado desempenhar um papel mais decisivo, alocando recursos como dívida e investimentos, reduzir subsídios para empresas estatais (…) e retirar barreiras à concorrência”, disse Malpass.

“É difícil de conseguir, mas é vital para reduzir a desigualdade e construir melhores padrões de vida”, acrescentou.

Malpass fez esses comentários após uma reunião com o primeiro-ministro chinês Li Keqiang e os responsáveis por outras instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMS).

“Incentivei novas reformas e mais liberalização”, explicou.

O governo chinês está tentando reavivar sua economia, que no terceiro trimestre deste ano cresceu em seu ritmo mais lento em quase três décadas, em um contexto de queda na demanda por suas exportações e sob a ameaça de uma crise da dívida.

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O presidente do Banco Mundial também pediu à China que resolva suas disputas comerciais e melhore a transparência de seus sistemas de crédito para evitar um crescimento descendente nos próximos anos.

A economia chinesa é dominada por grandes empresas públicas que controlam setores-chave como energia, aviação e telecomunicações e onde não há lugar para empresas privadas.

Os parceiros comerciais da China também reclamam da falta de equilíbrio comercial e do que consideram roubo de propriedade intelectual.


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