O Banco Central lançou nesta quinta-feira, 28, as bases para uma verdadeira revolução na forma como os clientes se relacionam com bancos no Brasil. A autarquia abriu uma consulta pública para receber, até 31 de janeiro, sugestões sobre o chamado open banking, em que clientes poderão autorizar o compartilhamento de seus dados entre as instituições financeiras em geral.

“O open banking é como a internet há 20 anos. Você começou a usar a internet e, hoje, não há negócio que não transite pela rede”, comparou o diretor de Regulação do BC, Otavio Ribeiro Damaso, durante entrevista à imprensa.

Por meio do compartilhamento de informações dos clientes de bancos, as instituições financeiras poderão ofertar produtos sob medida e desenvolver novas plataformas. A intenção do BC é implementar o open banking em quatro fases.

Na primeira, haverá compartilhamento de dados de produtos e serviços entre as instituições financeiras.

A segunda fase abarcará as informações cadastrais dos clientes. Damaso explicou que eles terão que dar o aval para que seus dados possam ser compartilhados com os bancos.

A terceira fase diz respeito à chamada “inicialização de pagamentos”. Por ela, será possível, por exemplo, um usuário de rede social efetuar um pagamento instantâneo por meio da própria rede, sem precisar acessar outra plataforma. “Estou na rede social, estou me comunicando com uma empresa, já faço o pagamento ou a transferência por ali”, exemplificou Dâmaso.

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Na quarta fase do open banking, haverá o compartilhamento, entre instituições financeiras, de dados sobre investimentos e seguros de clientes. Com isso, abre-se a possibilidade de as instituições ofertarem produtos específicos para atrair o cliente de outro banco, por exemplo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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