O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou na noite desta quinta-feira (4) a abertura de uma investigação independente sobre acusações de prevaricação contra seu presidente, o nigeriano Akinwumi Adesina, candidato à reeleição em agosto para um novo mandato.

“O escritório (do conselho de governadores do BAD) concorda em autorizar uma revisão independente” das “acusações” de “denunciantes” contra Adesina “dentro de duas a quatro semanas”, afirmou o presidente do Gabinete do Nialé Kaba, também ministro do Planejamento e Desenvolvimento da Costa do Marfim.

Essa “revisão independente”, solicitada por Washington”, terá que ser realizada por uma pessoa neutra, íntegra e de alto calibre, com experiência inquestionável e reputação internacional comprovada”, disse Kaba.

Um grupo de denunciantes (ou ativadores de alerta) acusa Adesina, eleito em 2015 para comandar o BAD, de “comportamento antiético, enriquecimento pessoal e favoritismo”.

Após o divulgação das acusações na imprensa em abril, o BAD apoiou Adesina totalmente em maio, com base em um relatório de seu comitê de ética interno.

Adesina declara inocência. Mas os Estados Unidos, o segundo acionista do BAD, exigiram uma investigação independente no final de maio, questionando o trabalho do comitê de ética, que enfraquece Adesina, de 60 anos, para uma possível reeleição.

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O economista especializado em Desenvolvimento e ex-ministro da Agricultura da Nigéria é atualmente o único candidato a um segundo mandato de cinco anos à frente da instituição pan-africana.

O presidente nigeriano Muhammadu Buhari expressou publicamente seu apoio a ele na terça-feira.

A Nigéria é o principal acionista do BAD e Adesina é o primeiro nigeriano a liderar a instituição desde sua criação em 1964.

O BAD tem 80 países como acionistas (54 africanos e 26 não africanos, da Europa, América e Ásia). É a única instituição africana classificada por agências de avaliação financeira com “AAA”.


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