Na quarta-feira, dia 6, aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a votação do Projeto de Lei 1.502/23, que autoriza o poder executivo a promover medidas de desestatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), ou seja, autoriza a privatização da Sabesp. O projeto foi aprovado com 62 votos favoráveis e 1 contrário.

A Bancada do PSOL na Alesp, composta por Monica Seixas, Guilherme Cortez, Paula Nunes, Carlos Giannazi e Ediane Maria, protocolou na data hoje o processo de número 2333570-64.2023.8.26.0000, que se trata de um mandado de segurança parlamentar que visa a anulação da votação que aprovou a privatização da Sabesp.

Trata-se de um processo inconstitucional que ocorreu, desde o princípio, de forma desordenada e envolveu muitos escândalos, desde a falta de um plebiscito, a compra de votos com distribuição de emendas extras e, até mesmo, conflito de interesses pelo fato de André Salcedo, atual diretor-presidente da Sabesp, ter sido do BNDES que aportou recursos na Iguá, enquanto era da diretoria, sendo que o grupo ao qual a Iguá é uma das principais apostas para comprar a Sabesp.

O dia da votação não foi diferente. A polícia coibiu de forma violenta a manifestação de populares que acompanhavam a votação, fazendo uso de força, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo, o que tornou a presença do plenário insustentável. Ao total 5 pessoas foram presas e muitos ficaram feridos.

“É inadmissível que tenhamos pessoas feridas, sangrando e presas pela polícia e o governo tenha seguido com a sessão e aprovado de forma autoritária a venda da SABESP”, alega Monica Seixas, líder do bancada do PSOL na Alesp. O Governo distribuiu milhões em emendas para compra de votos, todo tipo de negociação, o projeto que é um verdadeiro cheque em branco rifando a SABESP, patrimônio da população, transformando água em mercadoria e massacrando o povo”, finaliza.