Por Mimosa Spencer

PARIS (Reuters) – A grife Balenciaga, do grupo de luxo francês Kering, mudou o foco para a construção de moda neste domingo, em seu primeiro desfile desde a reação crítica que recebeu de uma campanha publicitária do ano passado.

A marca, que foi criticada por uma campanha usando imagens de criança, mostrou uma linha de alfaiataria distinta, silhuetas próximas ao corpo com ombros largos e roupas noturnas longas e brilhantes no tapete branco das passarelas de Paris.

“Conseguir fazer isso acontecer era um desafio que eu sabia que tinha que encarar”, disse o designer da Balenciaga, Demna Gvasalia, conhecido como Demna, a jornalistas nos bastidores, após o desfile.

“Queria exatamente fazer isso para conseguir seguir em frente e fazer o que faço melhor, que é fazer roupas”, disse.

O designer e executivos da Kering pediram desculpas pela campanha publicitária que atraiu críticas por usar imagens de crianças que muitos consideraram inadequadas. O grupo planeja indicar um chefe de “segurança da marca” após a reação.

A Balenciaga é apenas uma das muitas marcas atualmente sob pressão para proteger as vendas, após uma série de vexames de relações públicas, incluindo a ruptura entre a Adidas e o rapper e designer Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, após ele fazer comentários anti-semitas na internet.

A Kering, que viu as vendas do fim do ano sofrerem por uma queda de receitas em sua maior marca, Gucci, atingida por lockdowns de Covid-19 na China, disse mês passado que as vendas da Balenciaga foram prejudicadas pela controvérsia em novembro e dezembro.