Um presidente ditador que diz conversar com o finado antecessor em forma de passarinho renderia, claro, muitos problemas para seu povo. Nicolas Maduro agora quer invadir a Guiana, sem respaldo de nações democráticas – em especial os vizinhos – comprou briga com o Governo dos Estados Unidos e irrita o Exército Brasileiro (EB). As relações dos militares do Brasil com a Venezuela sempre foram as melhores. Eles têm conversado muito nos últimos dias. De toda forma, por questão de soberania, o Governo brasileiro enviou 130 da tropa para a fronteira em Roraima. Um soldado desastrado tombou um caminhão com carga e já deu prejuízo. Porém a maior preocupação do Exército é um vexame internacional caso tenha que manter a ordem na fronteira: Não há orçamento extra para isso, a caserna está com saldo contado, os recursos bélicos são escassos e a Força Aérea da Venezuela com seus caças russos Sukhoi é a mais poderosa da América Latina. Esperto, Lula enviou o “general” de paz a Caracas, Celso Amorim.

Militares brasileiros e venezuelanos mantêm uma relação excelente há décadas, mas Exército teme necessidade de reação com os recursos escassos

As ONGs de Marina e Capobianco

Uma lupa nos contratos de ONGs com verbas federais é pertinente. A despeito dos serviços importantes onde o Estado muitas vezes se faz ausente, é direito da sociedade saber o destino – e, claro, quando membros do conselho são aqueles que, de alguma forma, intercedem pelos recursos. A CPI das ONGs aponta a necessidade para fiscalização de duas entidades que têm repasses de dinheiro público. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é conselheira honorária do Instituto de Pesquisa Ambiental Da Amazônia. E João Paulo Capobianco, secretário-executivo da pasta era, até fevereiro, presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade.

O defensor geral

Carla Morando, Mário Luiz Sarrubbo, Orlando Morando
Carla Morando, Mário Luiz Sarrubbo e Orlando Morando (Crédito:Divulgação)

Perto do fim do mandato como Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo amplia influência dentro do MP. O maior trunfo é a proteção a promotores e procuradores de procedimentos disciplinares, sobretudo em Brasília. Sarrubbo negociou o arquivamento de mais um processo contra seus liderados que corria na Corregedoria Nacional do MP.

Arthur Lira ganha a Caixa e rifa Elmar

Deputado federal Elmar Nascimento
Deputado federal Elmar Nascimento (Crédito:Câmara dos Deputados)

A Coluna cantou a bola de que a pré-candidatura do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) à presidência da Câmara era jogada de Arthur Lira contra o Palácio para forçar negociações. Já dançou. Foi rifada por Lira assim que ganhou o comando da Caixa. E avisada entre bocas no Colégio de Líderes. O presidente da Casa alega que não tinha compromisso com Elmar e só uma carta de intenções, e culpa o aliado por não ter se viabilizado até agora – mesmo tão cedo. Todavia o atual presidente da Câmara não está com essaa bola toda para apoiamentos, diante das emendas impostivias garantidas aos parlamentares.

Um traidor incendeia a PGE do Rio

Bruno Dubeux ex PGE
Bruno Dubeux, ex PGE (Crédito:Divulgação)

As salas da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro pegam fogo com atividades de um traidor nos quadros. Servidores fontes da Coluna apontam que um deles, conhecido “garoto de recado de Regis Fichtner”, ou “ Scooby traidor” – aliado do ex-PGE Bruno Dubeux, que caiu do cargo – tem pesquisado nas redes sociais a vida pessoal de desafetos seus e críticos do ex-chefe, elaborando dossiês. A sobra de tempo no serviço ainda permite que investigue até os familiares dos inimigos. O monitoramento, que ele acha ser secreto, ganhou os corredores e a vendeta está garantida na Justiça.

Falta o assalto com arma a bordo

É o golpe de todo fim de ano, com leniência da ANAC. As três grandes companhias aéreas elevam tarifas às alturas, quebram voos diretos em uma ou duas escalas, e fazem o passageiro viajar até 23h em trechos domésticos cuja duração teria menos de 2 horas. Só falta cobrar o ar da cabine.

Famoso Digo Vaselina

Alçado a protagonista da renegociação da dívida do Estado de Minas Gerais com a União, o senador Rodrigo Pacheco ganhou, entre portas, o apelido de Digo (diminuto de Rodrigo) Vaselina. Escorregadio no perfil, ele ataca o governador Romeu Zema em Brasília, mas é todo elogios a ele na frente de secretários do Governo e aliados de BH.

Congresso revisitado

A tragicomédia incentivou o turismo cívico. O Congresso também teve recorde de visitantes este ano, no pós-8 de Janeiro, além do Palácio do Planalto. Com a retomada das visitas em abril, em apenas oito meses foram 91,4 mil visitantes até dia 3 de dezembro; 42,1% a mais que os registros de 2022, que chegaram a 64,3 mil pessoas.

NOS BASTIDORES

Fora das 4 linhas

A queda de Ednaldo Rodrigues do comando da CBF começou por quadros que o alçaram ao cargo após intervenção. Via três procuradores que se reuniram na sede há duas semanas.

A esperança de Geller

O ex-deputado cassado Neri Geller (MT) sonha ser ministro da Agricultura. Tem fortes padrinhos. Ele tem esperança após retomar e elegibilidade no TSE mesta semana.

Protegidos na Caixa

Lula da Silva blindou contra o Centrão os vice-presidentes da Caixa Inês Magalhães (Habitação) e Marcelo Bonfim (Governo). Ela tem o apoio do Ministro das Cidades, Jader filho. Já Bonfim é protegido por Rodrigo Pacheco e a bancada mineira.

“Gramado” do Rio

Encravada na Serra, a pequena Miguel Pereira ganhou apelido de Gramado do Rio. É a cidade que mais recebe turistas no Estado hoje com parques temáticos e a inauguração de um trem que corta distritos.