Dirigentes dos países dos Bálcãs ocidentais destacaram nesta quarta-feira o apoio da União Europeia (UE) na luta contra o novo coronavírus, em plena competição com China e Rússia para interferir naquela região.

“Esta cooperação, que vai muito além do que qualquer outro parceiro trouxe para a região, merece ser de conhecimento público”, diz a Declaração de Zagreb, aprovada após uma reunião de cúpula remota.

A UE buscava com o texto, aprovado pelos 27 chefes de governo europeus e seis balcânicos, fazer frente às campanhas de imagem de Moscou e Pequim naquela região e encerrar as críticas por não fazer o suficiente.

Em março passado, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, classificou a solidariedade europeia de “conto de fadas”, afirmando que os chineses eram os únicos que poderiam ajudá-los. Desde então, os europeus se esforçam para assinalar a ajuda sanitária injetada há 20 anos nos Bálcãs ocidentais e ajudas específicas para lutar contra o novo coronavírus.

Para apoiar o setor sanitário e reforçar as economias daquela região, a UE mobilizou 3,3 bilhões de euros, entre eles 1,7 bilhão do Banco Europeu de Investimentos (BEI).

A reunião, prevista inicialmente para ocorrer de forma presencial em Zagreb, também serviu para que a UE confirmasse a “perspectiva europeia” dos países dos Bálcãs que buscam aderir ao bloco.

Após a Eslovênia, em 2004, o último país dos Bálcãs a entrar para o bloco foi a Croácia, em 2013. Sérvia, Bósnia, Montenegro, Macedônia do Norte, Albânia e Kosovo querem seguir o mesmo caminho.

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