BRASÍLIA (Reuters) – A balança comercial brasileira teve superávit de 7,4 bilhões de dólares em julho, resultado abaixo do esperado e atingido em meio à alta expressiva na ponta das importações, divulgou o Ministério da Economia nesta segunda-feira.

A expectativa era de um superávit de 8,694 bilhões de dólares segundo pesquisa da Reuters com economistas. O resultado ficou abaixo do superávit de 7,6 bilhões de dólares do mesmo mês do ano passado, valor recorde para o período da série histórica iniciada em 1989.

Em julho deste ano, as exportações somaram 25,5 bilhões de dólares, alta de 37,5%, pela média diária, frente a igual período de 2020. Já as importações subiram 60,5% na mesma base de comparação, a 18,1 bilhões de dólares.

As compras foram puxadas principalmente pelo aumento de 163,2%, sempre pela média diária, verificado em produtos da Indústria Extrativa. Mas também cresceram as importações de itens da Indústria de Transformação (+57%) e na Agropecuária (+48,2%).

Segundo o Ministério da Economia, houve forte elevação nas importações de óleos brutos de petróleo (+149%) e de gás natural (+254%).

Já a alta nas exportações também foi puxada pelo crescimento de 62,7% nos embarques de produtos da Indústria Extrativa, com altas de 37,7% na Indústria de Transformação e 11,2% na Agropecuária.

No acumulado de janeiro a julho, a balança comercial registra superávit de 44,1 bilhões de dólares, contra saldo positivo de 29,9 bilhões de dólares em igual etapa de 2020.

No início do mês passado, o governo atualizou para cima sua estimativa para o superávit da balança comercial a 105,3 bilhões de dólares neste ano, ante 89,4 bilhões de dólares anteriormente. A cifra representa quase o dobro do saldo positivo de 51,1 bilhões de dólares alcançado para as trocas comerciais em 2020.

 

(Por Marcela Ayres; edição de Isabel Versiani)

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