Resistência sempre foi uma palavra de ordem para a Balada Literária – evento idealizado e produzido pelo escritor pernambucano Marcelino Freire, que chega agora à 11ª edição espalhada por São Paulo. Nesse ano, a dificuldade veio com um atraso na publicação no Diário Oficial da permissão para que o evento captasse recursos via Lei Rouanet. A publicação veio só no início de novembro – quando os folhetos estavam já a caminho da gráfica. “Fui dormir com essa notícia horrorosa, mas acordei muito disposto”, diz o curador. “Num país em que as coisas estão ‘desacontecendo’, isso não pode ser com a Balada.”

O evento abre nesta quarta-feira, 23, no Auditório Ibirapuera, com um show inédito de Ney Matogrosso, Alzira e Tetê Espíndola, às 20h – o homenageado desta edição é Caio Fernando Abreu, vinte anos após sua morte. Na quinta-feira, 24, às 11h, na Livraria da Vila Cláudia Abreu, irmã do escritor, Paula Dip, biógrafa, e Vania Toledo participam da primeira mesa do tributo. No sábado, 26, o poeta da Guiné-Bissau Ernesto Dabó participa de uma mesa no Itaú Cultural, também às 11h. A programação se estende até o domingo, 27.

Brincando, Marcelino pede que a reportagem deposite R$ 50 em socorro à balada – uma vaquinha está mesmo acontecendo, e os dados podem ser encontrados na página do evento nas redes sociais. A Balada deste ano tem o apoio do Itaú Cultural, do SESC, do Centro Cultural b_arco e da Livraria da Vila.

DESTAQUES

Abertura

Show com Ney Matogrosso, Alzira e Tetê Espíndola (23/11, às 20h, Auditório Ibirapuera)

Diversidade

A atriz Rogéria e o seu biógrafo conversam com Fabiana Cozza (24/11, 19h30, Centro Cultura b_arco), seguido de sarau

Leitura

Leitura dramática da peça inédita ‘Tchau, Querida’, de Ana Maria Gonçalves, com Wagner Moura