02/09/2024 - 10:42
Os tradicionais bailes funks na favela da Vila Prudente, zona leste de São Paulo, vêm causando incômodo aos moradores da região. Neste final de semana, um evento teve início a partir de meia noite e durou mais de nove horas. Essa não é a primeira vez que festas na comunidade originam reclamações de quem reside próximo ao local.
Denominado como “Baile da VP”, o evento teve início no período da meia noite do sábado, 31, e adentrou toda a madrugada, se encerrando apenas por volta das 9 horas da manhã do domingo, 1. A festa contou com a presença de diversas pessoas e um som alto que atrapalhou os moradores no entorno da comunidade.
“Olha, até eu que não sou de deixar essa falta de respeito consumir meu juízo, de ontem para hoje está demais. Tenho o sono bem pesado, mas essa noite pra mim foi impossível dormir. Coloquei meus fones de ouvido pra tentar abstrair e não passar raiva”, descreveu um morador da região.
Em um vídeo ao qual a reportagem teve acesso, de um morador da região, é possível observar o baile funk durante a madrugada com o som em um volume bastante alto.
Um outro vídeo, dessa vez divulgado no perfil “dj2oficiaal” – um dos músicos que comandaram a festa – é possível ver os equipamentos utilizados por ele, além da presença de diversas pessoas, dentro da comunidade por volta das 5 horas da manhã do domingo.
Veja o vídeo:
Eventos com som na madrugada se repetem na favela da Vila Prudente
O festa com funk deste final de semana não foi o único caso registrado na região. Por meio do perfil “bailedavp_oficial, diversas propagandas promovendo outros bailes dentro da favela da Vila Prudente são registradas. Em agosto, para se ter ideia, foram três eventos ao longo do mês, sempre aos sábados e com início a partir da meia noite, respectivamente.
De acordo com moradores da região, o baile funk não é o único evento com som alto que invade a madrugada.
Há cerca de três semanas, uma outra festa, dessa vez com músicas de forró, também causou incômodo devido ao barulho durante toda a noite.
“Algo tem que ser feito. Abaixo assinado, falar com alguém, papa, bispo sei lá… mudei agora pra cá, eu vim do interior, lá resolvemos as coisas de outra maneira, mas fico inconformado que, não é feito nada, essas pessoas simplesmente colocam o terror, porque isso é um terror, e nada é feito, tipo eles mandam e temos que aceitar quieto”, lamentou um morador da região.
Procurada pela reportagem do site Istoé, a Polícia Militar de São Paulo não retornou aos contatos. A matéria será atualizada caso haja uma atualização por parte da entidade.