Na última terça-feira (17), a bailarina Ingrid Silva usou suas redes sociais para denunciar um episódio de racismo sofrido por ela nos Estados Unidos.

Ela contou que, enquanto andava pela Filadélfia, no estado da Pensilvânia, foi abordada por um homem americano que a ouviu conversar em português com a filha, Laura. O homem, que falava português, relatou que esteve recentemente no Rio de Janeiro e perguntou à bailarina se ela morava em ‘Philly’, apelido da cidade.

Ao responder que estava de passagem pela cidade, a trabalho, o americano questionou se Ingrid era faxineira. Ela retrucou, contando que é bailarina clássica, o que causou espanto ao transeunte. Confira o relato:

Na mesma tarde, Ingrid ainda usou seu Instagram para desabafar sobre o ocorrido. “Em 14 anos morando em Nova Iorque, eu nunca conversei com alguém que simplesmente assumisse, por eu ser uma mulher preta, que eu estaria limpando, ou verbalizasse isso”, contou.

“É tudo estruturado para que as pessoas pretas não tenham oportunidade de crescer, ou quando elas crescem, elas não são vistas dessa forma”, continuou. E fez um apelo: “Pessoas brancas, estudem, se eduquem. Parem de falar essas m*rdas. A gente está cansado de ouvir essas m*rdas.”

Além de bailarina desde a infância, Ingrid também é escritora e já compartilhou as dificuldades de se estabelecer como bailarina no livro “A Sapatilha que Mudou meu Mundo”.