Baiana arretada!

Baiana arretada!

Thaís Botelho Foto Reprodução Daniela Mercury está em êxtase. Prestes a dar início a sua 16ª turnê internacional, a cantora ganhou destaque com o álbum Canibália, na coluna de Jon Pareles, crítico de música do The New York Times. ?Foi espetacular?, ela assume. Nessa terça-feira 13, seu trabalho, que chegou ao mercado em 2009, foi lançado em edição especial para a América do Norte, com CD e DVD, “Canibália – Ritmos do Brasil?. ?Jon Pareles percebeu a minha obra e isso me estimula a manter o caminho que eu venho traçando?, diz. O crítico considerou o trabalho ?inteligente, vibrante, e plural, assim como a cultura brasileira?. Em outro momento, Pareles diz que Daniela Mercury ultrapassa os conceitos que foram exaltados durante a sua carreira, abraçando a pluralidade étnica e cultural do Brasil, particularmente a cultura afro-brasileira. ?A primeira vez que ele escreveu sobre o meu trabalho foi em 2000?, contou a cantora, que no ano passado, saiu em turnê pela Argentina e Portugal, e agora se prepara para conquistar o território norte-americano e canadense, a partir do dia 27 de setembro. Ela falou com Gente sobre a expectativa. Você acompanha a coluna de Jon Pareles ? O que significa uma crítica no The New York Times? Receber uma crítica de um dos jornais mais lidos e importantes do mundo é espetacular e me estimulam a manter o caminho que eu venho traçando. A primeira vez que Pareles escreveu sobre o meu trabalho foi em 2000. Ele destacou que apesar da evidência da minha paixão pela minha terra, eu não era uma artista regional apenas. Ele conseguiu perceber a minha obra, meu amor pelo meu país de uma forma especial. Nessa crítica que ele fez agora, fiquei impressionada e lisonjeada com a forma com que ele conseguiu traduzir ?Canibália?. Considera ?Canibália? um de seus melhores trabalhos? Por quê? Digo sempre que é o meu Manifesto de Afetos. É um trabalho em que as minhas mais importantes referências estão ainda mais claras. Sou de uma geração pós Movimento de 1922, pós-tropicalista, sou filha do Clube da Esquina e sempre ouvi muito rock também. ?Canibália? é fruto de tudo isso. Do reggae da Jamaica e de Gilberto Gil, do violão de João Gilberto, da voz de Elis e Gal, da interpretação de Bethânia, da inteligência e da música de Caetano, da voz de anjo de Milton Nascimento… O que espera da próxima turnê internacional? Estou animadíssima e o lançamento do produto já está me rendendo críticas maravilhosas e isso, com certeza, é um grande estímulo. O que é que o público brasileiro tem, que o estrangeiro não tem? Muito afeto pelos seus artistas. Brasileiro acompanha a carreira, tem mais contato, então a relação fica mais próxima. Já me apresentei em muitos países e cada público tem sua cultura, que reflete, inevitavelmente, no jeito de assistir ao show, de dançar, cantar…Fico sempre impressionada com o carinho de Portugal, a cumplicidade da França, a euforia dos países da América do Sul e a energia da África. E como estão os preparativos para o Carnaval de 2012? O que pode adiantar? Baiano já nasce pronto para o Carnaval (risos). O Camarote estará bem diferente dos outros anos e para o trio também estou preparando novidades. A música nova deve chegar daqui a pouco, mas posso adiantar que em 2012 farei uma grande homenagem ao centenário de Jorge Amado. É um tema riquíssimo, com muitas possibilidades tanto para os figurinos quanto para o repertório. Siga Gente no Twitter!