26/07/2023 - 11:08
Vários países da bacia do Mediterrâneo, atingidos por temperaturas elevadas, enfrentam intensos incêndios durante o verão, fenômeno que se acentua ano após ano diante do efeito das mudanças climáticas.
Os incêndios, muitas vezes letais, se instalaram na região, como na Argélia, onde matou pelo menos 34 pessoas desde domingo (23).
Estes são os principais incêndios ativos na bacia do Mediterrâneo:
Na Argélia, bombeiros continuaram os esforços para extinguir 11 focos ainda ativos no norte e no leste, depois de terem controlado a maioria dos incêndios que deixaram pelo menos 34 mortos em três dias.
Imagens da imprensa local mostram campos e arbustos em chamas, carros carbonizados e lojas incendiadas.
Em Tudja, no nordeste do país, onde morreram 16 pessoas, o fogo foi quase totalmente contido, apesar de algumas fontes persistentes.
Aviões dos bombeiros lançaram água durante dois dias nesta região arborizada situada nas margens do Mediterrâneo, em Béjaia.
Na Grécia, dois pilotos morreram na queda de um avião da Canadair e o corpo carbonizado de um homem foi encontrado na terça-feira (25), em meio aos intensos incêndios que assolam o país, há dez dias sofrendo com temperaturas escaldantes.
A aeronave caiu em uma barranco enquanto lançava água contra um incêndio florestal no sul da ilha de Eubeia. Centenas de bombeiros e pelo menos quatro aviões estavam lutando contra as chamas nesta ilha próxima à Atenas, na terça-feira.
Também foi encontrado o corpo carbonizado de um homem na mesma região.
As imagens de florestas e vegetações incineradas comoveram toda o país e o primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, alertou que o combate aos incêndios continuará a ser “difícil”.
O sul da Itália é atingido por uma onda de calor que chegou a 47,6ºC na Catânia, na última segunda-feira (24).
Os corpos de dois idosos foram encontrados carbonizados em uma casa em chamas e uma mulher de 88 anos morreu perto de Palermo, informou a mídia na noite de terça.
No entanto, os bombeiros sicilianos conseguiram combater inúmeros focos durante a noite de segunda-feira, um dos quais ocorreu muito perto do aeroporto de Palermo, que esteve fechado durante várias horas da manhã.
O presidente da região da Sicília, Renato Schifani, indicou que deseja pedir ao governo – que se reúne na quarta-feira (26) em um conselho de ministros – que decrete estado de emergência na ilha mediterrânea.
A noite de terça-feira foi de combate a um incêndio violento alimentado por rajadas de vento que ameaçava cidades na Alta Córsega, um departamento francês localizado na ilha de Córsega (sul).
Os focos estavam localizados perto das comunas de Corbara, Pigna e Santa Reparata Di Balagna, e mais especificamente, duas cidades com “muitos pontos sensíveis, casas e pontos religiosos”, segundo os bombeiros.
De acordo com o último balanço, cerca de 130 hectares de vegetação foram destruídos pelas chamas.
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