A Justiça da Bahia decretou a prisão preventiva de 11 suspeitos de envolvimento na morte de Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva no último dia 26 de abril. Tio e sobrinho furtaram pacotes de carne em um supermercado, em Salvador (BA), e foram encontrados mortos com marcas de tiro e sinais de tortura horas após o furto.
No total, o Ministério Público da Bahia denunciou 13 suspeitos. De acordo com as investigações, as vítimas foram levadas do interior da loja Atacadão Atakarejo, no bairro de Amaralina, e entregues para execução no bairro do Nordeste de Amaralina, na localidade do Boqueirão
Os suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada são Agnaldo Santos de Assis, Cláudio Reis Novais, Cristiano Rebouças Simões, Victor Juan Caetano Almeida, David de Oliveira Santos, Francisco Santos Menezes, Lucas dos Santos, João Paulo Souza Santos, Alex de Oliveira Santos, Janderson Luís Silva de Oliveira e Rafael Assis Amaro Nascimento.
Já os réus Ellyjorge Santos de Lima e Michel da Silva Lins, a magistrada determinou a aplicação de medidas cautelares de comparecimento em juízo mensalmente, de proibição de qualquer contato com familiares das vítimas e testemunhas do processo, e de proibição de sair da comarca de Salvador sem autorização judicial.
Quem são os réus:
- Agnaldo Santos de Assis (gerente-geral do Atakarejo do Nordeste de Amaralina) e Cláudio Reis Novais e Cristiano Rebouças Simões (prepostos da mesma loja). Eles foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa das vítimas, constrangimento ilegal e extorsão;
- Victor Juan Caetano Almeida, David de Oliveira Santos e Francisco Santos Menezes. Apontados como responsáveis por entregar as vítimas aos executores, eles foram denunciados por crimes de homicídio qualificado e cárcere privado;
- Lucas dos Santos, João Paulo Souza Santos, Alex de Oliveira Santos, Janderson Luís Silva de Oliveira e Rafael Assis Amaro Nascimento, identificados como autores da execução, eles foram denunciados por homicídio qualificado;
- Ellyjorge Santos de Lima e Michel da Silva Lins foram denunciados por ocultação de cadáver.
Defesa
Em nota ao G1, a defesa de Cláudio Novais informou que “ele nunca se furtou à justiça, se apresentou espontaneamente desde o início, aos cumprimentos de prisão temporária e preventiva, o que desprestigia tal mandado, uma vez que está se tratando, a medida extrema, como regra e não como exceção. Claudio tem consciência da sua inocência e o mais breve possível tudo será esclarecido”.
Já a defesa de David de Oliveira disse que “entende como desnecessária a medida” e que o cliente pretende corroborar com as investigações. O advogado de Victor Juan informou que ainda não teve acesso aos autos e a de Rafael Assis informou que o cliente “não tem nada a ver com o fato”. Os outros denunciados ainda não se manifestaram.