02/03/2022 - 13:03
Um adolescente, de 15 anos, foi espancado com socos e chutes por sete garotos, dentro de um ônibus escolar, em Camaçari (BA), na sexta-feira (25). De acordo com a mãe do jovem, Mara Santos, o filho voltava para casa quando foi atacado pelos colegas do Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas.
“Ele me contou que os meninos ficaram chamando ele de ‘viado’. Teve alguns hematomas na cabeça e agora o psicológico que preocupa, porque ele recebeu tanta porrada, que fica revoltado”, disse Mara Santos ao G1.
Ainda segundo a mãe do jovem, o filho deve passar por exames no Hospital Geral de Camaçari nesta quarta-feira (2), pois ele ainda sente muita dor de cabeça. “É triste, porque ninguém tem o direito de fazer esse ato. Isso é um crime, é uma tentativa de homicídio. Uma covardia”, desabafou a mãe da vítima.
Conforme Mara Santos, as agressões foram gravadas por outros alunos que estavam no coletivo. O adolescente foi socorrido pela mãe de outro estudante, que também foi atingida por um soco.
“Uma das mães de outra aluna, que foi atingida por um soco, pegou ele, colocou dentro da casa dela, e me ligou para eu ir buscar, porque os garotos ameaçavam dizendo que iam matar. Aí ela segurou ele dentro de casa e mandei o pai ir buscar”, contou Mara ao G1.
A mãe da vítima afirmou ainda que o filho só revelou que era vítima de bullying na escola após as agressões. “Eu não sabia. Se eu soubesse, já tinha tomado uma providência. Acho que ele não falou por medo. Estou muito triste”, afirmou.
De acordo com Mara, ela deve registrar um boletim de ocorrência do caso. “Agora, as autoridades é que vão decidir o que vão fazer, mas tem que tomar uma providência, porque repudio isso e não aceito”, disse ao G1.
Segundo a mãe do adolescente, a escola já adotou medidas contra os estudantes e a Secretaria Municipal de Educação disponibilizou auxílio para a família.
Em nota ao G1, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia lamentou a agressão sofrida pelo adolescente. A SJDHDS informou que acompanha o caso junto à Secretaria de Educação (SEC) e a diretoria do Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas.
