A defesa de Ederlan Mariano, produtor acusado de matar a cantora gospel Sara Mariano, que era esposa dele, contestou o comunicado feito pelas autoridades de que o suspeito teria confessado o crime, nesta segunda-feira, 30. A Polícia Civil da Bahia divulgou no sábado, 28, a informação de que o homem foi detido após investigação e admitiu ter envolvimento com o assassinato.

+ Sara Mariano: marido é preso por suspeita de ter matado cantora gospel na Bahia

+ ES: polícia investiga morte de jovem que teria sofrido ameaças da irmã antes de crime

Entenda o caso:

  • Sara Mariano desapareceu na terça-feira, 24, e o corpo da vítima foi encontrado carbonizado em um matagal na região metropolitana de Salvador três dias depois;
  • No mesmo dia, Ederlan foi detido pelas autoridades. No pedido de prisão, o delegado responsável afirmou que antes do suspeito ser capturado, ele teria a intenção de apagar as provas do planejamento do crime que estavam no celular dele;
  • É nessa declaração que estaria descrita uma confissão por parte do investigado que, de acordo com a defesa do homem, nunca ocorreu.

O advogado criminal que representa a defesa de Ederlan, Otto Lopes, esclareceu a IstoÉ, que em momento algum o homem confessou envolvimento com o crime às autoridades. “Inclusive, ele (Ederlan Mariano) roga para que as investigações prossigam e os verdadeiros culpados sejam identificados, presos e processados.”

Otto ainda complementa que Ederlan teria mencionado aos policiais apenas a rotina do casal e os casos extraconjugais da mulher, o que ele descreve como “uma vida carnal que ia de encontro ao que ela pregava no plano espiritual e religioso”. Apesar disso, o advogado salienta que o suspeito apenas pontuou o que estava nos autos, sem a intenção de julgar o direito da mulher de viver da forma que ela desejava. A defesa também nega que o marido de Sara tenha apagado provas do planejamento do crime.

Relembre o crime

cantora gospel Sara de Freitas Sousa Mariano, de 35 anos, desapareceu no dia 24 de outubro. Ela foi vista pela última vez quando saiu para um evento de uma igreja evangélica e não retornou. O caso ocorreu no bairro de Valéria, em Salvador (BA).

Na sexta-feira, o corpo de Sara foi localizado carbonizado em uma estrada de Dias D’Ávila. Ederlan Mariano identificou a mulher por meio de uma aliança. Mas, as investigações já o apontavam como principal suspeito do crime. Na sexta, ele teve a prisão decretada e cumprida. A motivação do assassinato ainda está sendo investigada.

Ederlan Mariano se apresenta como gerente da TV Shalom, canal de televisão voltado para o conteúdo evangélico, que também era administrado por Sara. A cantora mostrava ter popularidade e prestígio nas redes socais, com mais de 100 mil seguidores. A artista deixa uma filha, fruto do relacionamento com Ederlan.