Em 2019, Azul prevê um crescimento da capacidade total, medida pelo ASK (Assentos-Quilômetro oferecidos) entre 18% e 20%, com expansão no mercado doméstico entre 16% e 18% e para o mercado internacional entre 20% e 25%.

Já a projeção para o custo operacional por assento disponível por quilômetro (CASK) da companhia neste ano é de queda entre 1% e 3% neste ano, com expansão da margem operacional entre 18% e 20%. Todas as estimativas já consideram o padrão IFRS 16.

Primeiro trimestre

A Azul registrou um aumento de 4,6% no CASK no primeiro trimestre de 2019, que atingiu 26,54 centavos de real, ante 25,38 centavos de real anotados em igual período do ano anterior. No informe de resultados, a aérea atribuiu o aumento, principalmente, à depreciação de 16,3% do real e a reoneração da folha de pagamento de 20%.

Também pesou nesse resultado o aumento de 8% no preço do combustível por litro em reais. Seu impacto, porém, que foi parcialmente compensado pela introdução de aeronaves mais eficientes no consumo de combustível. Em condições de câmbio e combustíveis constantes, e desconsiderando o impacto da reoneração da folha, o CASK teria caído 2,4%, pondera a empresa.

Já o CASK ex-combustível (excluindo despesas com combustível) foi de 18,15 centavos de real entre janeiro e março, alta de 4,8% no comparativo com igual etapa de 2018.

Entre janeiro e março, os custos e despesas operacionais da Azul aumentaram 21,3% no comparativo anual, atingindo R$ 2,2 bilhões. As despesas com combustível de aviação aumentaram 20,8% na mesma base de comparação, totalizando R$ 697,4 milhões, com destaque para o crescimento de 13,8% nas horas-bloco, e o aumento no preço do combustível. Porém, refletindo a eficiência dos novos A320neos, os custos e despesas com combustível de aviação aumentaram apenas 4,2% em termos de ASK, acrescenta a empresa.

Yield e PRASK

O yield, isto é, o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro, ficou em 35,75 centavos de real no primeiro trimestre, 0,3% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

O PRASK, ou seja, a receita de passageiros dividida pelo total de assentos-quilômetro disponíveis, ficou em 29,29 centavos de real no primeiro trimestre, queda de 0,6% na comparação com igual etapa de 2018.

A receita operacional por ASK, o RASK (receita operacional dividida pelo total de assentos-quilômetro oferecidos), somou 30,58 centavos de real, indicando estabilidade em relação ao informado um ano antes.