Pelo menos sete pessoas ficaram “feridas” devido a “fortes turbulências” em um Boeing 787-9 Dreamliner da Air Europa que fazia a rota Madri-Montevidéu, que teve que realizar um pouso de emergência na madrugada desta segunda-feira (1º) em Natal, no Rio Grande do Norte, informou a companhia aérea.

A empresa espanhola disse em nota que decidiu desviar o voo UX045, com 325 pessoas a bordo, para o Aeroporto Internacional de Natal “devido a fortes turbulências”.

“Como consequência do ocorrido, foram registrados 7 feridos de graus variados, bem como um número ainda indeterminado de [pessoas com] traumas leves”, que estão sendo tratados pelos serviços de saúde locais, acrescentou.

Segundo uma informação preliminar da Chancelaria uruguaia à qual a AFP teve acesso, pelo menos 27 pessoas a bordo da aeronave receberam algum tipo de atendimento no hospital.

O avião pousou às 2h32 no horário de Brasília, conforme relatado em comunicado à AFP pela Zurich Airport Brasil, a concessionária que administra o aeroporto.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Uruguai informou que os passageiros “que necessitaram de atendimento médico foram imediatamente transferidos para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel na cidade de Natal e estão sendo atendidos”.

Todos sofreram politraumatismos, mas no momento não se sabe se há feridos em estado grave.

– Salva “graças” ao cinto de segurança –

A Air Europa afirmou que o avião “permanecerá sob revisão” para determinar a extensão dos danos. Outra aeronave estava programada para decolar de Madri na tarde desta segunda-feira para pegar passageiros em Natal e continuar a viagem até Montevidéu, informou.

Uma passageira, Mariela Jodal, disse na rede social X que houve “vários feridos” devido à “turbulência muito forte”. Mas saiu sem ferimentos “graças” ao cinto de segurança.

Jodal publicou fotos no X que mostram painéis na parte superior da cabine removidos, além de canos e outras partes internas do avião à mostra.

Nas redes sociais, passageiros e familiares reclamaram de estarem “presos” e sem informações da companhia aérea.

Em maio, um britânico de 73 anos morreu e vários outros passageiros e tripulantes de um voo da Singapore Airlines de Londres com destino à Singapura ficaram gravemente feridos durante uma turbulência severa.

Os cientistas apontam que a mudança climática pode causar mais turbulências, às vezes invisíveis nos radares.

De acordo com um estudo realizado em 2023, a duração média das turbulências aumentou 17% entre 1979 e 2020, e as turbulências severas, menos comuns, aumentaram em mais de 50%.

A fabricante americana Boeing registrou acidentes fatais com suas aeronaves em 2018 e 2019, além do desprendimento de parte da fuselagem de um avião 737 MAX da Alaska Airlines em janeiro deste ano.

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