O Palmeiras anunciou nesta sexta-feira a mudança de preços do programa de sócio-torcedor Avanti. Os reajustes de 20% nas mensalidades estão causando reclamações dos torcedores nas redes sociais. Além da críticas feitas individualmente por dezenas deles, o movimento Ocupa Palestra divulgou um documento de protesto no qual pede esclarecimentos sobre o porcentual de aumento, superior aos índices de inflação.

“O Avanti é um patrimônio da instituição, um projeto que deveria agregar e unir os torcedores, aproximá-los do clube e criar um canal de relacionamento entre as partes. De algum tempo para cá, entretanto, o programa faz o caminho inverso, tornando-se um verdadeiro pedágio para a compra de ingressos – isso quando estão disponíveis e o site funciona”, diz o grupo de palmeirenses que tenta também reverter os bloqueios das ruas do entorno do Allianz Parque nos dias de jogos.

Em outro trecho da carta, os palmeirenses afirmam que o programa acaba dividindo a torcida. “Não bastasse o ilegal cerco que nos divide, o preço dos ingressos – e consequentemente do Avanti – está criando uma casta de torcedores que tem o privilégio de assistir aos jogos no estádio.”

O clube justifica os aumentos do programa, uma das principais fontes de receita do Palmeiras, informando que não foram feitas alterações de preço nos últimos dois anos. O Palmeiras oferece desconto de 10% para quem fizer em janeiro o pagamento anual da matrícula, podendo parcelá-lo em até quatro vezes.

Com os reajustes, as mensalidades mais baratas (categoria bronze) passam de R$ 14,99 para R$ 17,99. O plano chamado “prata superior” passa de R$ 64,99 para R$ 77,99. Já o plano diamante, que custava R$ 649,99, passará a R$ 779,99.

Além do reajuste, o regulamento também traz mudanças na contagem do rating. O sócio que adquirisse ingresso e não fosse ao jogo era penalizado em dez pontos. A partir de 2019, a multa será de 25 pontos. Com isso, o clube pretende diminuir o número de cadeiras vazias.