Os avanços armamentistas da Coreia do Norte serão prioridade no primeiro diálogo de segurança e diplomacia entre Estados Unidos e China hoje (19) em Washington. As informações são da agência de notícia EFE.

A reunião é a primeira desde o acordo firmado em abril entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, para intensificar a cooperação de alto nível entre os dois países.

A encarregada para Assuntos da Ásia-Pacífico do Departamento de Estado, Susan Thorton, disse que a Coreia do Norte será uma “prioridade” no diálogo. O objetivo será “avançar na cooperação com a China para uma resolução pacífica da ameaça nuclear e de mísseis”.

O encontro será liderado pelos secretários de Estado, Rex Tillerson, e de Defesa, James Mattis, anfitriões da delegação chinesa, comandada pelo conselheiro de Estado, Yang Jiechi, e pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Fang Fenghui.

Os EUA esperam que, com ajuda da China, a Coreia do Norte pare com as violações flagrantes das resoluções da ONU que limitam seu programa de mísseis e o desenvolvimento de armas nucleares.

A China deu sinais de colaborar para isolar em alguns aspectos o regime de Kim Jong-Un, que tem em Pequim seu maior aliado comercial e diplomático.

Thornton disse esperar que o diálogo sirva para somar a China ao “eco global” de pressão sobre a Coreia do Norte para que Pyongyang respeite as resoluções da ONU e desista da ideia de obter um míssil intercontinental nuclear.

Além disso, os EUA esperam encontrar entendimento sobre as disputas no Mar do Sul da China, onde Pequim está ampliando sua presença com ilhas artificiais, o que gerou críticas de países vizinhos, como as Filipinas, Vietnã e Malásia.

“A nossa postura é que todas as partes interrompam a construção ou a militarização nesta região para criar um espaço e as condições necessárias para a diplomacia”, indicou Thornton. “Não esperamos resolver todas as nossas diferenças com a China em uma rodada de diálogo ou em um dia, mas esperamos obter resultados concretos”.