As autoridades forenses da Colômbia avançaram nesta sexta-feira (22) na identificação dos corpos que seriam do motorista, do repórter e do fotógrafo do jornal El Comercio, de Quito, assassinados em cativeiro por dissidentes da ex-guerrilha das Farc, informaram fontes oficiais.

“Os corpos já estão no Instituto Médico Legal” na cidade de Cali, anunciou o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, em entrevista coletiva.

“A Polícia me assegurou que é muito provável que os corpos sejam dos três membros da equipe de imprensa equatoriana”, acrescentou.

O funcionário assinalou que os resultados das necropsias serão revelados “entre 24 e 48 horas”.

O jornalista Javier Ortega (32 anos), o fotógrafo Paul Rivas (45) e o motorista Efraín Segarra (60) caíram nas mãos do grupo comandado pelo ex-guerrilheiro Walther Arizala, conhecido por Guacho, quando faziam uma reportagem na fronteira em 26 de março.

Os três foram assassinados em cativeiro na Colômbia, segundo anunciou o governo equatoriano em 13 de abril.

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Os familiares e as autoridades judiciais equatorianas chegaram na manhã desta sexta a Cali para acompanhar o eventual processo de repatriação, depois que, na quinta-feira, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, informou do aparecimento dos corpos.

“É o início do caminho para a verdade, justiça e para que estabeleçam as responsabilidades em todos os níveis”, declarou Yadira Aguagallo, parceira de Rivas, em sua chegada à terceira cidade colombiana.

O Instituto Médico Legal também está identificando um quarto corpo que seria do chefe de segurança de Guacho, advertiu Villegas.

Segundo o ministro, os corpos, encontrados por cães farejadores da Polícia, foram enterrados para que nunca fossem encontrados. Seus assassinos chegaram a proteger “a área com minas”.


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